Diversos fatores meteorológicos provavelmente turbinados pela crise climática estão elevando as temperaturas no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o forte calor pode trazer “grande perigo”, com risco de morte por hipertermia na maior parte do Centro-Oeste e no estado do Tocantins.
Matéria da Metsul lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já vinha alertando para o fato de que a exposição da população ao calor está aumentando com as mudanças climáticas e em escala global os eventos de calor estão crescendo em frequência, duração e magnitude.
Na segunda-feira (5), a temperatura chegou a 44,6°C no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a apenas 0,1°C do recorde oficial brasileiro de temperatura máxima. Na capital do MS, Campo Grande, os termômetros bateram o recorde histórico, ultrapassando a marca de 41°C.
Ontem (6), também foi criado o alerta de perigo para baixa umidade relativa do ar, que varia entre 20% e 12%. Há risco de incêndios florestais nas áreas afetadas e à saúde, avisa o Inmet, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Esse alerta foi emitido para os seguintes Estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.
HIPERTERMIA
Hipertermia é a elevação da temperatura corporal central acima de 40°C, embora um aumento superior a 37°C já cause sinais de desconforto. Essa condição pode ocorrer quando o corpo produz (no caso de febre) ou absorve mais calor do que consegue eliminar para o ambiente, o que pode levar a alterações no estado mental, comprometimento de órgãos e risco de morte.
Os sintomas mais comuns são mudanças no estado mental, fadiga, náuseas, vômitos e perda de consciência. O recomendado é manter a hidratação constante das vias aéreas, ingerir bastante água, não ficar exposto ao sol no período mais crítico do dia, entre 10h e 16h, além de evitar a prática de atividade física. Exercícios intensos também podem levar ao que se conhece por hipertermia induzida por esforço.
Segundo o Inmet, o alerta em grau máximo (grande perigo) foi necessário porque as temperaturas nas regiões afetadas estão 5°C acima da média por mais de cinco dias. Quando o alerta é de perigo, isso significa que a temperatura ficou 5°C acima da média de três a cinco dias.
A instituição orienta que as pessoas busquem instruções sobre esse período com a Defesa Civil (telefone 199).