Sérgio Moreira (*)
Coronel Fabriciano é a Terra Mãe do Vale do Aço. A alcunha se deve ao fato de que Fabriciano (ou Fabri para os íntimos) emancipou-se de Antônio Dias em 1948. Ipatinga e Timóteo só iriam se emancipar de Fabri na década de 60.
As cidades filhas se expandiram a partir das siderúrgicas, as receitas de impostos e a maior parte das ações sociais promovidas por essas indústrias foram destinadas às cidades que as sediavam, deixando Fabriciano carente de recursos e estrutura para promover as políticas públicas necessárias. Mas a Terra Mãe começou a reverter esse jogo desde o início de 2017.
Nesses últimos quatro anos, a gestão da cidade realizou projetos para o bem estar da população, devolvendo a dignidade para o cidadão de Fabri e fortalecendo a agenda de sustentabilidade urbana, que incorpora as dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural no planejamento municipal. Tudo isso alinhado ao Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.
Em 2019, Fabriciano foi destaque na lista da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que avaliou o município como um bom pagador, classificando a gestão atual com a nota B. Em Minas, apenas 67 municípios foram avaliados com notas A e B, a maioria tirou C. No Leste mineiro, só Fabri conseguiu o selo B. Na prática, a boa colocação facilita o acesso a linhas de crédito da União para o município, ou seja, mais investimentos.
Com a promoção de políticas orientadas para o desenvolvimento, apoiando atividades produtivas, empreendedorismo e inovação, houve o incentivo à formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros, garantindo a geração de empregos, diminuindo a taxa média de desemprego de 40,43%, em 2016, para 11,94% em 2019. Aumentou também o PIB per capita de 2019, em relação ao de 2015. No campo habitacional, recentemente houve grande emoção na entrega de centenas de unidades de habitação para a população.
Fabri foi escolhida para sediar a primeira feira cooperativismo do interior mineiro, a ExpoCoop 2020, com o objetivo de movimentar a economia, desenvolver o cooperativismo regional, atrair novos olhares e possíveis novos investidores para o comércio e indústria. Em fevereiro de 2020, a cidade conseguiu conquistar o licenciamento ambiental para a instalação do Distrito Industrial II. A proposta é que seja construído um Parque Industrial para a instalação de diversas empresas. A área poderá abrigar outro empreendimento importante: a Plataforma Multimodal (Porto seco).
A saúde caminha bem, obrigado! Já em 2017, houve uma queda de quase 50% na mortalidade infantil e a diminuição da gravidez na adolescência (de 12,95% em 2016 para 10,76% em 2019). A criação do Programa Corujão da Saúde foi um alento para quem esperava a anos por consultas e exames. Desde o início de sua criação, em abril de 2017, já são mais de 26.500 atendimentos clínicos, pediátricos e especializados. Fora a inauguração de novas unidades de saúde.
Na cultura e educação as transformações são visíveis. De 2017 a 2020, mais que dobrou o número de centros culturais, casas e espaços de cultura para cada 10 mil habitantes, passando de 0,46 (2016) para 1,00 em 2018. Houve um aumento do número de professores de 2015 para 2019 em função da razão do número de alunos e professores no ensino fundamental observado nesses anos. Houve fornecimento de kits escolares, uniformes e implantação do Sistema Positivo, já mostrando resultados no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) – onde a meta para 2019 para o 5º ano era nota 6.0 e o obtido foi 6.2. A meta para o 9º ano era 4.8 e obtido 4.9. O município vem se destacando também em turismo, explorando seu potencial no setor.
Todas essas conquistas foram fruto de uma gestão responsável e eficiente, que está entregando projetos que há muito tempo estavam engavetados e poderá entregar muito mais com o programa: “Fabriciano 2030: Agenda de Desenvolvimento Local”.
Coronel Fabriciano foi o primeiro município a receber o projeto piloto que reuniu lideranças do poder público, produtivo, empresarial e entidades. Levando-se em consideração todos esses aspectos, podemos perceber que a Terra Mãe começou nos últimos tempos a mostrar os resultados há muito tempo esperados pela população, resgatando o sentimento de orgulho entre seus cidadãos, incluindo este autor, fabricianense. E como diz o lema de nossa terra: “Deus, Paz e Prosperidade”. E que venham mais conquistas.
* Sérgio Moreira é engenheiro metalurgista, mestre em Metalurgia Extrativa, MBA em Comércio Exterior e é mestrando em Negócios Internacionais. Atua como presidente da Associação Cultural Líbano Brasileira de Minas Gerais (ACLB-MG) e também é Delegado Regional da Câmara de Comércio Líbano Brasileira de Minas Gerais (CCLB-MG).