A cultura é um importante meio de obtenção do conhecimento e mantém estreita relação com a educação. Com essa compreensão, a atual gestão da Prefeitura de Ipatinga vem procurando equipar e aproximar cada vez mais os dois setores, como estratégia para amplificar os horizontes do ensino e, ao mesmo tempo, valorizar a arte em suas diversas formas de manifestação no município.
Numa iniciativa que vai trazer uma série de benefícios para a comunidade artística e para a população, de uma maneira geral, além de proporcionar como bônus uma significativa economia para o erário público, a administração da cidade está trabalhando agora, por meio da Secretaria Municipal e Cultura, Esporte e Lazer (Semcel), para transformar o prédio que hoje abriga a Biblioteca Zumbi dos Palmares no Centro Cultural Municipal de Ipatinga.
No local, que já está sendo estruturado para a nova finalidade, estarão reunidas três importantes unidades de formação artística e fruição cultural: além da Biblioteca, o edifício abrigará a Escola Municipal de Artes Cênicas Antônio Roberto Guarnieri (Emac) e a Escola Municipal de Canto e Música Tenente Oswaldo Machado – (Escola TOM). As instituições Emac e TOM oferecem formações artísticas como aulas de circo, teatro, dança, palhaçaria, orquestra, coral adulto e infantil, dentre outras. E quanto à Biblioteca, experimenta um novo estágio de modernização, ofertando agora também um rico acervo digital.
A PRECARIEDADE ENCONTRADA
Conforme explica o secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Semcel), Alessandro Máximo Lima, o prédio antes utilizado somente pela Biblioteca Pública apresentava diversos problemas estruturais, como telhamento precário, infiltrações, revestimentos comprometidos, e isto há mais de dez anos. Uma negociação do poder público, por meio da Secretaria, junto aos proprietários, foi essencial para possibilitar a transformação do espaço e sua expansão.
Antes, a PMI ocupava efetivamente apenas um dos três andares do prédio, ficando os dois outros completamente ociosos, sem condições de uso. Até mesmo o primeiro andar estava sendo subutilizado, com falta de condições para atendimento da população e ausência de acessibilidade para o grupo de pessoas portadoras de necessidades especiais. O novo governo também encontrou alugueis atrasados e, na negociação para regularizar as pendências, definiu a utilização de todo o edifício, sem alteração no valor da locação.
REFORMA E NOVA FACHADA
As obras de reforma do edifício começaram neste mês e correm por conta do proprietário, a pedido da Administração, que argumentou quanto à necessidade de oferecer aos usuários mais conforto, segurança e comodidade no local. “O município não terá custos, somente ganhos. A mudança trará benefícios também para os usuários das três unidades, visto que o imóvel se localiza no centro da cidade, onde há linhas de transporte para todos os bairros”, reforça Alessandro Máximo.
O edifício fica localizado na esquina entre as ruas Diamantina e Mariana, no Centro de Ipatinga, local estratégico e de grande movimentação, próximo a ponto de embarque e desembarque de usuários do transporte coletivo.
A fachada receberá intervenção artística de grafite, a cargo dos artistas Gunther Estebanez, Vinícius Godinho e Thiago ‘Moska’, o que fará do local um endereço marcante. “O grafite é uma manifestação contemporânea e que revela uma das faces da nossa diversidade cultural”, observa o diretor de Cultura Gledson Pagung.
IMPACTOS POSITIVOS E ECONOMIA
“A implantação do Centro Cultural Municipal de Ipatinga representará uma economia de aproximadamente R$ 30 mil por ano aos cofres públicos, o que é muito positivo principalmente tendo em vista o momento em que as arrecadações municipais são prejudicadas devido à pandemia do coronavírus”, observa o secretário.
“Ipatinga receberá um Centro Cultural à altura de sua importância no cenário estadual e como presente ao seu rico material humano. Tudo é favorável, inclusive a interação que será possível com aproximação das três unidades culturais. O aluguel que hoje é gasto com a sede da Escola TOM deixará de existir, e as adequações necessárias nas instalações já estão previstas no orçamento da Semcel”, destaca Alessandro Máximo.