O prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, recebeu comunicado da Copasa dando conta de que a companhia de saneamento está ressarcindo os usuários do município quanto a valores cobrados a mais em suas faturas referentes a tarifas de esgoto. Conforme explica a empresa, “trata-se de uma compensação para os clientes que, equivocadamente, foram cadastrados como usuários dos serviços de tratamento de esgoto, bem como para aqueles cujos tratamentos dos efluentes domésticos ficaram aquém do requerimento normativo”.
Na comunicação feita ao prefeito, a empresa admite que foram verificadas inconsistências no cadastro comercial da empresa. E isto resultou em distorções em relação aos serviços efetivamente prestados.
A companhia dispõe de 58.396 km de redes de água e 28.969 km de redes de esgoto no município. Logo nos primeiros dias de seu mandato como chefe do Executivo e reforçando reivindicações que já havia tornado públicas em sua jornada como vereador na Câmara Municipal, Gustavo Nunes assinalou junto à empresa a sua disposição de rever certos padrões de relacionamento com a prestadora de serviços.
MEDIÇÕES IRREAIS EXCESSIVAS
Além de considerar exorbitantes os valores mensais cobrados de muitos dos usuários, pedindo revisão de guias que estariam registrando medições irreais e excessivas, Gustavo Nunes destacou uma equipe técnica do governo para uma reunião com dirigentes da Copasa ainda no mês de janeiro. Durante o encontro, também foram exigidas da empresa soluções para problemas de falta d’água, melhor padrão de qualidade e agilidade na recuperação de asfaltos onde são abertas valas para serviços diversos.
Um processo administrativo instaurado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae) estima que mais de meio milhão de contas de água da Copasa apresentaram inconsistência nos valores apenas no período da pandemia de Covid-19, representando prejuízos de cerca de R$ 14,3 milhões aos consumidores em Minas Gerais.