Subiu para R$ 21,7 bilhões o total que Minas Gerais pode receber em novas ferrovias a serem construídas por investidores privados via o sistema de autorização criado pelo Governo Federal. O Ministério da Infraestrutura (MInfra) recebeu nesta semana o terceiro pedido que contempla o estado.
A Macro Desenvolvimento Ltda., quer construir e operar linha férrea com 610 quilômetros de extensão, ligando os municípios de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, aos mineiros Conceição do Mato Dentro e Sete Lagoas. O investimento é de R$ 14 bilhões.
Outros dois pedidos foram apresentados no dia 2, durante abertura do chamado Setembro Ferroviário, mês dedicado pelo Governo Federal à expansão do transporte por trilhos no país. A VLI propôs ligação férrea entre Uberlândia e Chaveslândia (MG), com 235 quilômetros de extensão e investimento de R$ 2,7 bilhões, conectado à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
O objetivo é facilitar o escoamento de basalto até as regiões produtoras do agronegócio e grãos para exportação. Já a Petrocity Portos S.A. idealizou um trecho de 420 quilômetros, entre São Mateus (ES) e Ipatinga (MG), no qual pretende investir R$ 5 bilhões. Trata-se de uma conexão da ferrovia até o futuro Terminal de Uso Privativo, a ser instalado pela Petrocity no porto capixaba, permitindo o transporte de grãos e cargas gerais. O MInfra analisa as três propostas.
Até o momento, o MInfra já recebeu 13 pedidos de novas ferrovias, com 4,2 mil quilômetros de extensão e R$ 67 bilhões previstos em investimentos ao longo dos contratos.
POTENCIAL
Em Minas, 19 trechos passíveis de exploração por meio de autorizações já foram mapeados, em diferentes regiões do estado, pelo Plano Estratégico Ferroviário (PEF).
A estimativa de investimentos em projetos dessa natureza totaliza R$ 26,7 bilhões em obras de construção de ferrovias, material rodante e instalações fixas, divididos em transporte de cargas e de passageiros. Além disso, está projetada a geração de 373 mil empregos dentro do estado.