O Aeroporto Regional do Vale do Aço, parcialmente reformado, retoma as suas operações, com voos da Azul Linhas Aéreas, nesta quarta-feira (1º). O terminal esteve fechado desde maio de 2020 para restauração do pavimento, ampliação da sala de embarque e das duas taxiways do pátio de aeronaves, além da execução da nova sinalização horizontal. No entanto, o aeródromo volta a funcionar sem caminhão de bombeiros, brigada de incêndio e torre de controle, antes existentes.
A nova polêmica envolvendo o aeroporto foi iniciada a partir de um post supostamente assinado pela Prefeitura Municipal de Santana do Paraíso, município onde se situa o terminal.
O Aeroporto Regional, com a capacidade para 160 mil passageiros/ano é classificado como de pequeno porte. No entanto, a nova regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), publicada em 2017, determina que os aeroportos com movimentação inferior a 200 mil passageiros por ano, não precisarão manter caminhões de combate a incêndio para operar.
De acordo com dados da Anac, o sistema de combate a incêndio custa, em média, R$ 20 por passageiro nos aeroportos com movimento inferior a 200 mil passageiros por ano. Nos aeroportos maiores, com movimentação superior a 5 milhões de passageiros por ano, o custo é de R$ 0,50.
REFORMA
As obras de reforma do aeroporto envolveram recursos da ordem de R$ 13,2 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Os investimentos foram divididos entre a União (91% dos recursos) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (9%).
Após a reforma, o Governo de Minas Gerais transferiu a gestão do Aeroporto Regional do Vale do Aço para a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), vinculada ao Ministério da Infraestrutura. A empresa gerencia cinco aeroportos sob contrato (incluindo Ipatinga) e outros 44 próprios.
SEM EQUIPAMENTOS
A Usiminas projetou e construiu o aeroporto em 1959 e permaneceu como responsável direta pela operação do terminal até janeiro de 2012, quando terceirizou as funções para empresa a Socicam. Durante todo esse período arcou com os custos operacionais e de manutenção.
Em março de 2011, iniciou-se a modernização do aeroporto, com a reforma da pista e aquisição de equipamentos de raios-X. Após o fim das reformas, concluídas em dezembro do mesmo ano, o aeroporto passou a ter capacidade para receber aeronaves com até 110 passageiros. Em 2016, Usiminas deixou o controle do aeródromo, transferindo-o à responsabilidade do Governo de Minas Gerais. A Socicam venceu a licitação para prosseguir com a administração do terminal.
Na transferência de gestão, o aeroporto foi entregue pela siderúrgica todo equipado, inclusive com o caminhão de bombeiros e torre de comunicação. Agora, em caso de algum acidente aéreo, uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar terá que fazer o percurso de 7 km do quartel situado no Centro de Ipatinga até ao terminal.