O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, faz um apelo para que os mineiros que foram chamados a se vacinar procurem o posto de saúde para se imunizar contra a gripe.
“É importante que a população entenda que a gripe também é uma doença que pode matar. Ela tem uma letalidade menor, mas pode ter gravidade e levar à morte. Então, a população tem que ir aos postos de saúde e tomar a vacina”, ressalta.
Até esta segunda-feira (31), apenas 28,6% do total de 8.433.958 mineiros do grupo prioritário haviam sido imunizados contra a gripe, conforme dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), do Ministério da Saúde. O objetivo da operação, que começou em 12/4, é vacinar pelo menos 90% do público-alvo até o fim da campanha, em 9/7.
PÚBLICO ALVO
A campanha de vacinação contra a gripe vai até o dia 9 de julho. A primeira etapa, que terminou no início de maio, buscou imunizar gestantes, puérperas (mães que deram à luz recentemente), trabalhadores da Saúde, crianças entre 6 meses e 6 anos, e povos indígenas. Agora, é a vez de professores e idosos (acima de 60 anos).
Na terceira fase, a partir de 9/6, somam-se ao público prioritário pessoas com comorbidades, indivíduos com deficiência permanente, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e socioeducativo, adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, membros das Forças de Segurança e Salvamento, integrantes das Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte e de portos.
Embora a campanha seja dividida em etapas, as unidades de Saúde seguem vacinando quem está incluído no grupo prioritário da primeira fase e ainda não se imunizou.
REFORÇO
Para aumentar a adesão da população, o Governo de Minas Gerais está intensificando o acompanhamento da 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza com as Unidades Regionais de Saúde (URSs) do estado. A medida busca evitar novas hospitalizações e garantir que o sistema de Saúde não fique ainda mais sobrecarregado neste cenário de pandemia de Covid-19.
A coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Josianne Gusmão, também reforça a importância da proteção. “A vacina contra a influenza tem o objetivo de reduzir complicações, hospitalizações e óbitos, especialmente nesse momento de pandemia, em que já temos internações por Covid-19. Ela não é para evitar o resfriado em si, mas suas formas mais graves”, afirma.
Com reuniões três vezes por semana e orientações para as equipes de saúde foi possível aumentar a adesão à campanha, mas ainda é preciso avançar mais na imunização.
“Conseguimos reforçar o acompanhamento, sinalizando a importância do alcance da meta, e é nítida a diferença entre uma etapa e outra. No início de maio, tínhamos apenas 9% do público-alvo vacinado. Agora, ultrapassamos 28%”, explica Josianne Gusmão.
COVID-19
A vacinação contra a influenza é feita no mesmo momento em que os mineiros também buscam se imunizar contra o coronavírus. A coordenadora de imunizações da SES-MG lembra que é preciso dar um intervalo de 14 dias entre a aplicação das doses de cada uma das vacinas.
“A Covid-19 e a gripe têm sintomas muito semelhantes, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e coriza. Se uma pessoa apresenta esse quadro, o ideal é que ela busque a unidade de saúde para ser avaliada por um profissional, que vai traçar o acompanhamento clínico”, alerta Josianne.