A taxa de desemprego no país registrou queda e ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril. É a menor para esse trimestre desde 2015, quando a taxa foi de 8,1%. Em relação ao trimestre anterior, o recuo foi de 0,7 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na terça-feira (31/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O número de pessoas ocupadas agora soma 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre de novembro a janeiro houve alta de 1,1%. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a alta foi de 10,3%. Isso representa um aumento de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.
O nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, estimado em 55,8%, apresentou alta de 0,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior e de 4,8 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior.
“Chama atenção a manutenção desse processo de queda da taxa de desocupação influenciada, principalmente, pela contínua expansão da ocupação que nesse trimestre foi bastante concentrada nas atividades de transporte, armazenagem e correio. Outros serviços pessoais de embelezamento prestados às famílias como manicure, cabeleireiro e esteticista e, também, no segmento da educação que teve uma expansão significativa”, detalhou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
A população desocupada teve recuo estimado em 11,3 milhões de pessoas, queda de 5,8% frente ao trimestre anterior. Isso significa que 699 mil pessoas saíram dessa situação.
O pizzaiolo José de Arimatéia Barros Júnior, que vive no Distrito Federal, está entre essas mais de 600 mil pessoas que conseguiram um emprego. Foram três meses de procura e agora ele comemora trabalhando em uma panificadora. “A pessoa ficar desempregada é algo muito sério. Hoje, com esse trabalho, eu garanto o sustento da minha família, da minha filha, e é muito bom”, disse.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,2 milhões de pessoas, subindo 2,0% frente ao trimestre anterior e 11,6% na comparação anual.
“Permanece a expansão do emprego com carteira no setor privado o que é um resultado bastante positivo, visto que contribui com a formalização do mercado de trabalho”, disse Adriana Beringuy.
REALIDADE DO MERCADO DE TRABALHO
Com cerca 211 mil domicílios pesquisados por trimestre, a Pnad Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho no país. A pesquisa é realizada nos 26 estados e no Distrito Federal e traz dados sobre trabalho, renda, escolaridade, entre outros.
O cidadão que for procurado para contribuir com a pesquisa pode confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador.