O diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista, 54 anos, foi encontrado morto na sede do banco em Brasília, confirmou a polícia nesta quarta-feira (20).
A princípio, os policiais apontam que o executivo teria cometido suicídio por volta das 22h da terça-feira (19), já na área externa do prédio. A 5ª Delegacia de Polícia da capital federal está apurando o caso.
Em nota, o banco lamentou a morte do diretor e disse colaborar com as investigações. “A Caixa manifesta profundo pesar pelo falecimento do empregado Sérgio Ricardo Faustino Batista. Nossos sinceros sentimentos aos amigos e familiares, aos quais estamos prestando total apoio e acolhimento. O banco contribui com as apurações para confirmar as causas do ocorrido”, diz o texto.
Batista era funcionário de carreira da Caixa e estava no banco desde 1989, assumindo o setor de controles em março de 2022 após processo seletivo.
A área de Controles Internos e Integridade é a responsável por receber denúncias de todos os tipos de funcionários do banco, como as de assédio sexual que provocaram a saída do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães no fim de junho.
Guimarães, aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi alvo de diversas denúncias de funcionárias de assédio sexual e também moral. O caso está sendo investigado e inclui ainda acusações de abuso de poder e discriminação. O ex-presidente da estatal nega todas as denúncias.
Além disso, segundo apuração da jornalista Andréia Sadi, no portal G1, o celular de Batista “está em posse da Polícia Civil” desde que o escândalo na Caixa tornou-se público. “Os investigadores querem periciar o aparelho para saber, entre outras coisas, se o ex-presidente da Caixa falou com o diretor de Integridade do banco sobre o assunto”, acrescenta Sadi.