O Brasil e Minas Gerais, em especial, podem ser parceiros econômicos estratégicos para o Japão. Essa convicção selou as boas-vindas do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ao cônsul japonês no Rio de Janeiro, Ken Kashiba, durante visita que fez à federação, na sexta-feira (26). O encontro precede a missão que levará empresários e representantes governamentais mineiros ao país asiático em setembro.
Roscoe discorreu sobre a diversificação da economia mineira, cujas características representam inúmeras oportunidades para investimentos japoneses. Ele destacou a existência de uma planta de semicondutores na Região Metropolitana de Belo Horizonte totalmente pronta para entrar em processo de produção, à espera apenas de capital de giro e de know-how.
“Pode ser uma grande oportunidade para empresas japonesas, neste momento em que faltam semicondutores no mundo. O know-how japonês seria fundamental para colocar essa estrutura em funcionamento”, salientou.
O presidente da Fiemg apontou ainda que os empresários que se preparam para visitar o Japão em setembro estão ansiosos e confiantes de que será uma oportunidade de estreitar relações e gerar novas oportunidades de parcerias econômicas. Roscoe disse também que a Federação já planeja levar uma grande missão à ExpôOsaka, em 2025, a exemplo do que fez na ExpôDubai, em 2021. “Nós, mineiros, éramos 60% da delegação brasileira nos Emirados Árabes, onde selamos fortes possibilidades de negócios”, frisou.
PRIMEIRO PASSO
Ken Kashiba afirmou que o objetivo da visita à sede da Fiemg são mesmo os assuntos econômicos, o interesse do Japão em fortalecer e estreitar as relações bilaterais com Minas Gerais. “Pensamos que hoje é só o primeiro passo”, enfatizou.
Cônsul Honorário do Japão em Belo Horizonte, Wilson Brumer ponderou lembrou que, nas décadas de 1970 e 1980, o Japão desenvolvia vários projetos econômicos em Minas Gerais e no Brasil. “O empresário brasileiro e o japonês se conhecem muito pouco. Precisamos reverter esse quadro”, observou.