O Instituto de Pesquisa e Inteligência Mobile (Ipimob), uma startup de tecnologia da informação criada durante a pandemia, traçou um raio X dos caminhoneiros do Brasil. O Ipimob é a primeira plataforma a utilizar o WhatsApp para fazer a coleta dos dados junto ao público pesquisado.
Segundo o advogado Joel Moreira, um dos nomes à frente da startup, o Ipimob “foi desenvolvido para facilitar o acesso das pessoas às pesquisas, oferecendo um custo menor e permitindo mais agilidade e personalização nos levantamentos tanto de mercado quanto de satisfação, além de pesquisas políticas”.
Dessa forma, a plataforma utiliza o aplicativo para enviar as perguntas ao público selecionado, obtendo resultados com muito mais agilidade e segurança. “Mais de 120 milhões de pessoas usam o WhatsApp no Brasil; ele está instalado em 99% dos celulares do país e 79% dos brasileiros usam o app como principal fonte de informação. Dentro do ambiente WhatsApp, as informações são criptografadas, permitindo maior segurança na coleta dos dados”, explica Moreira.
RAIO X DOS CAMINHONEIROS
Utilizando o WhatsApp, o Instituto enviou perguntas a 1.924 caminhoneiros de todo o Brasil no período entre 21 e 29 de março de 2022. Do total, 43% estavam na região Sudeste; 29% na região Sul; 7% no Centro-Oeste; 17% no Nordeste e 4% na região Norte. Apenas 4% do público era do sexo feminino e 96%, do sexo masculino.
Quanto às idades, a pesquisa revelou que a maior parte dos caminhoneiros (65%) tem entre 35 e 49 anos; 26% têm de 25 a 34 anos; 7% têm mais de 50 anos e apenas 1% tem menos de 25 anos. Do total de caminhoneiros ouvidos pela pesquisa, 55% trabalham seis dias por semana, com uma média de 10 horas trabalhadas por dia (41%). Além disso, 58% deles são autônomos, enquanto 42% são empregados de frota.
Para 49% dos entrevistados, o aumento nos combustíveis impactou negativamente seu trabalho, diminuindo muito a demanda por serviços. Para 70% dos ouvidos, o preço dos combustíveis está muito acima do normal e 40% do público pesquisado atribui esse aumento ao presidente e 38%, à Câmara dos Deputados.
Por causa dessa e de outras dificuldades enfrentadas, 42% apontaram que sempre pensam em mudar de profissão, 34% algumas vezes pensam em mudar de profissão, 7% gostariam de mudar e apenas 17% estão satisfeitos e nunca pensam em trocar de profissão.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Para apurar todos esses dados referentes a um público espalhado por todo o país, seriam demandados vários dias, com um alto investimento em profissionais para levantamento e análise das informações no modelo tradicional. Porém, com a tecnologia do Ipimob, foi possível concluir a pesquisa e apresentar os resultados em pouquíssimo tempo.
Para isso, a plataforma cria uma pesquisa automatizada, com perguntas de múltipla escolha ou discursivas, que são organizadas pelo sistema e enviadas pelo WhatsApp. A partir das respostas, são gerados leads automaticamente, possibilitando a aferição dos resultados. Além disso, toda a pesquisa fica armazenada na plataforma, organizada e parametrizada em gráficos produzidos em tempo real, permitindo análise simultânea dos dados.
“Sabemos que a pesquisa de mercado é uma ferramenta poderosa para ajudar pessoas e empresas em momentos de tomada de decisões. No entanto, muitas acabam desistindo por acreditarem que elas são caras. No Ipimob, a tecnologia com a qual a plataforma foi desenvolvida reduziu os valores finais da pesquisa e, consequentemente, ampliou o acesso”, explica Joel Moreira.
Em um mundo cada vez mais digital, a expectativa é que as pesquisas realizadas por meios virtuais se tornem uma tendência duradoura. “Atualmente, existem 2 bilhões de usuários do WhatsApp no mundo inteiro e 98% dos brasileiros usam o app diariamente. Ao combinar conhecimento, experiência, tecnologia e inovação, construímos uma solução para todos aqueles que precisam dialogar e analisar grupos sociais e compreender as necessidades e desejos de forma simples, fácil e sem complicação”, destaca Joel.