Sem citar diretamente os nomes, o presidente Jair Bolsonaro disse nessa quarta-feira (16) que três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam buscando uma maneira de torná-lo inelegível “na base da canetada”. Apesar de não dizer a quem se referia, o histórico recente aponta para os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. As informações são do Pleno.News.
“Agora, o que fica da ação desses três ministros do STF me parece que eles têm um interesse, né? Primeiro, buscar uma maneira de me tornar inelegível, na base da canetada. A outra é eleger o seu candidato”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan.
Durante a entrevista, o presidente afirmou que os ministros têm um partido e um candidato para as eleições deste ano e que eles o perseguem de forma “claríssima”.
O chefe do Executivo destacou que a ação “desses três ministros” contra o Telegram seria um dos exemplos de perseguição.
“Lamentavelmente, isso cada vez mais se torna bastante transparente para todo o Brasil […] E a ação desses três ministros contra o Telegram? Baseado em quê? Fake news? Mentiras? Isso daí é muito esquisito. A gente espera que tenha um fim. Mas, lamentavelmente, nós temos três ministros do STF agindo dessa maneira, com uma perseguição clara”, afirmou.
Bolsonaro ainda reclamou que, na visita que Edson Fachin e Alexandre de Moraes fizeram ao Palácio do Planalto para entregar o convite da solenidade de posse do presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorrerá no próximo dia 22 de fevereiro, ele fez duas perguntas a Moraes e foi ignorado.
“Apenas o Fachin falou naquele momento. Eu dirigi a palavra duas vezes ao ministro Alexandre. Ele não respondeu. Quando saíram dali, foram ao Senado encontrar o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ali decidiram, inclusive, que a CPI das Fake News deveria voltar a funcionar”, completou.