A Polícia Federal (PF) voltou a investigar uma possível relação entre Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, e a facção criminosa PCC. Segundo o Metrópoles, a hipótese foi retomada após sucessivas mudanças no comando da Polícia Federal e da equipe que investiga o caso.
Em dois relatórios, o antigo responsável pela investigação, delegado Rodrigo Morais Fernandes, concluiu que Adélio agiu sozinho e descartou uma possível ligação do PCC com o atentado.
Em dezembro de 2021, Rodrigo Morais foi realocado para uma força-tarefa nos Estados Unidos e o caso da facada ficou sob a responsabilidade do delegado Martin Bottaro Purper. O inquérito também deixou de correr na superintendência da corporação em Minas Gerais para ser conduzido sob a estrutura da Diretoria de Inteligência Policial, a DIP, em Brasília.
A troca de responsabilidade pelo caso coincidiu com a decisão do TRF-1 que autorizou a PF a vasculhar os celulares apreendidos com a defesa de Adélio Bispo. De acordo com o Metrópoles, um registro localizado no telefone de um dos advogados de Adélio poderia ligar o nome de Adélio à facção criminosa.
A investigação sobre Adélio Bispo é defendida por Jair Bolsonaro, que não ficou satisfeito com a indicação de que o autor da facada agiu sozinho.
Após a prisão, Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide e classificado como inimputável, ou seja, incapaz de entender o caráter ilícito do crime.
Na segunda-feira (25), o autor da facada em Bolsonaro passou por uma nova avaliação de saúde mental e, caso não represente um risco para a sociedade, poderá ser solto.
Com informações O Antagonista.