O Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira (15) a extensão do acesso ao Desenrola Brasil para inadimplentes renegociarem dívidas. Por meio do birô de crédito Serasa, pessoas com dívidas inscritas no programa do governo federal terão acesso ao Desenrola sem a necessidade de cadastro no Gov.br.
A alternativa foi liberada no dia 9 de fevereiro, como forma de teste, e já pode ser acessada por todos os interessados. Cerca de 26 milhões de brasileiros acessam a Serasa todos os dias, que tem 88 milhões de consumidores cadastrados.
O Desenrola Brasil entra agora em sua reta final. O programa terminaria em dezembro, mas foi prorrogado até o dia 31 de março. O governo tenta ampliar o número de renegociações a poucas semanas de o programa federal acabar.
Além da Serasa, outros escritórios de crédito e bancos ainda poderão ser incluídos como intermediários de acesso ao Desenrola.
A Folha de S.Paulo mostrou em janeiro que a inclusão de bancos é um dos ajustes previstos para impulsionar a adesão ao programa, que vem patinando desde o lançamento da fase voltada para cidadãos com renda bruta mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo).
Os endividados que aderem ao programa conseguem até 90% de desconto no débito.
O anúncio da parceria com a Serasa foi feito em coletiva de imprensa. Participaram o coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, o CEO da PDtec, Adriano Pahoor, que também representava a B3, o vice-presidente da Serasa, Pedro Dias Lopes, e o responsável pela Serasa Limpa Nome, programa de negociação de dívidas do birô de crédito, Rafael Mori.
O novo meio de acesso ao programa contempla os devedores da faixa 1 do Desenrola, pela qual as negociações, até então, eram feitas diretamente no site do programa federal.
São consideradas as dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, com valor de R$ 20 mil cada (valor original, sem os descontos do Desenrola).
Além das dívidas bancárias, como cartão de crédito, também estão incluídas as contas atrasadas de outros setores, como energia, água, telefonia e comércio varejista. O beneficiário que usa o programa para renegociar pendências pode somar parcelas de até R$ 5.000.