O Ministério da Fazenda anunciou uma extensão do prazo para sacar o “dinheiro esquecido” no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central, oferecendo uma nova oportunidade para aqueles que perderam o prazo inicial. A medida visa garantir que mais brasileiros possam recuperar seus recursos financeiros esquecidos em instituições bancárias.
O prazo original para resgate dos valores terminou nesta quarta-feira (16). No entanto, com a publicação de um edital pelo Ministério da Fazenda, pessoas físicas e jurídicas terão mais 30 dias para reivindicar o dinheiro não resgatado. Esta decisão reverte o anúncio anterior da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que havia informado que os valores não resgatados seriam transferidos ao Governo no dia seguinte ao término do prazo.
Para aqueles que ainda não conseguirem realizar o saque dentro deste novo período, haverá uma última chance. Os interessados poderão solicitar a restituição por meio de pedido judicial nos seis meses seguintes à divulgação do edital. Após esse intervalo, caso não haja contestação, o dinheiro será definitivamente incorporado ao Tesouro Nacional.
O procedimento para sacar o dinheiro esquecido permanece o mesmo. Os cidadãos devem acessar o site oficial do Banco Central, realizar o cadastro e verificar se possuem valores a receber. Se confirmada a existência de recursos, o sistema fornecerá as instruções para o resgate, que pode ser feito via Pix na maioria dos casos.
É importante ressaltar que o montante disponível para resgate é significativo. Até a última atualização, o Banco Central informou que aproximadamente R$ 6,62 bilhões estavam disponíveis para pessoas físicas e R$ 1,97 bilhão para empresas, totalizando mais de R$ 8,56 bilhões. Estes valores podem ser provenientes de diversas fontes, como contas correntes ou poupanças encerradas com saldo positivo, tarifas cobradas indevidamente, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, entre outros.
A consulta e o resgate também podem ser feitos para saldos de pessoas falecidas e empresas fechadas, o que amplia ainda mais o alcance desta iniciativa. Nestes casos, os herdeiros ou representantes legais devem seguir procedimentos específicos para ter acesso aos recursos.
Esta extensão do prazo representa uma importante oportunidade para os brasileiros recuperarem recursos que, de outra forma, poderiam ser perdidos. O Ministério da Fazenda enfatiza a importância de os cidadãos aproveitarem esta nova chance, evitando assim que o dinheiro seja incorporado definitivamente aos cofres públicos.
Especialistas em finanças pessoais recomendam que todos os cidadãos façam a consulta, mesmo aqueles que acreditam não ter valores a receber. Muitas vezes, as pessoas são surpreendidas com a existência de recursos esquecidos dos quais não tinham conhecimento.