O governo federal planeja uma reforma ministerial estratégica visando as eleições presidenciais de 2026, com foco especial em dois nomes de peso: Gleisi Hoffmann e Rodrigo Pacheco. A movimentação, discutida nos bastidores do Palácio do Planalto, busca reorganizar a base política do presidente Lula (PT) para a segunda metade de seu mandato.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, surge como candidata natural para assumir uma pasta ministerial após deixar o comando do partido em 2025. O Ministério atualmente ocupado por Wellington Dias aparece como possível destino, com o atual ministro tendo a opção de retornar ao Senado. Já Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, é visto como peça-chave para fortalecer a presença do governo em Minas Gerais, onde pode disputar o governo estadual.
Arthur Lira, presidente da Câmara, mantém postura cautelosa sobre sua participação direta no ministério. Interlocutores próximos indicam sua preferência por indicar um nome de confiança, evitando assim ocupar pessoalmente uma posição “demissível” no governo. O Ministério da Saúde, anteriormente ambicionado por Lira, segue sob comando de Nísia Trindade, considerada por Lula como importante barreira contra avanços do Centrão em área prioritária.
No PT, a sucessão de Gleisi também movimenta bastidores. Entre os cotados para assumir o comando partidário estão Edinho Silva, Paulo Pimenta e José Guimarães. A reforma ministerial, contudo, deve aguardar a conclusão das eleições internas do Legislativo para ser efetivada, demonstrando a cautela do governo em equilibrar interesses políticos e administrativos.