O céu ganhará um espetáculo raro em 2 de agosto de 2027, quando ocorrerá um eclipse solar total com duração de seis minutos e 23 segundos em seu ponto máximo, na cidade de Luxor, no Egito. Será o segundo mais longo do século 21, atrás apenas do eclipse de 2009, que atingiu seis minutos e 39 segundos no Oceano Pacífico.
O fenômeno, de acordo com astrônomos, só terá paralelo em 2114, quando outro eclipse total de longa duração será registrado. Até lá, este será considerado um dos eventos astronômicos mais aguardados.
A faixa de escuridão começará sobre o Atlântico Leste, passará pelo Estreito de Gibraltar e seguirá por países como Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito, onde ocorrerá a fase mais prolongada. Em seguida, avançará para Arábia Saudita, Iêmen, Somália e ilhas do Oceano Índico.
Entre as cidades diretamente no caminho do eclipse estão Cádiz, Málaga, Tânger, Oran, Benghazi e Luxor, onde já são organizadas expedições de astrônomos e turistas.
IMPACTO GLOBAL
Mesmo fora da faixa de totalidade, milhões de pessoas poderão acompanhar o fenômeno. Um eclipse parcial será visível em quase toda a Europa, África, Oriente Médio e partes do sul da Ásia. Até regiões distantes, como o leste do Canadá e a Groenlândia, terão visão parcial do evento.
No Brasil, o próximo eclipse solar total em áreas densamente habitadas ocorrerá apenas em 16 de janeiro de 2075, quando cidades dos estados de Paraná, São Paulo e Minas Gerais serão tomadas pela escuridão por cerca de dois minutos.
SIGNIFICADO CIENTÍFICO
Além da grandiosidade visual, eclipses solares totais oferecem oportunidade única para a ciência. Durante os minutos de ocultação, a coroa solar — camada externa do Sol invisível a olho nu em condições normais — pode ser estudada em detalhes. Pesquisadores também aproveitam o fenômeno para observar mudanças atmosféricas e os efeitos da escuridão temporária sobre a fauna e flora.
Segundo a Nasa, a magnitude do eclipse de 2027 será de 1,079, valor que confirma a cobertura completa da luz solar. Uma magnitude semelhante só será registrada novamente em 2150.
COMO OBSERVAR COM SEGURANÇA
Especialistas reforçam que a observação deve ser feita com óculos especiais com filtros solares certificados ou vidros de soldador de índice 14. O uso de equipamentos inadequados pode causar danos irreversíveis à visão.
O QUE ESPERAR ATÉ LÁ
Eclipses totais do Sol ocorrem, em média, a cada 18 meses em algum ponto do planeta, mas dificilmente são visíveis sempre da mesma região. Para um único local, o intervalo médio é de cerca de 375 anos, o que torna cada ocorrência única.
Antes do eclipse de 2027, outros quatro eclipses parciais ainda poderão ser vistos, incluindo o próximo em 21 de setembro deste ano.
Astrônomos afirmam que, pela localização acessível e pelo tempo prolongado de escuridão, o evento de 2027 tem potencial para se tornar um dos mais acompanhados da história, unindo ciência, turismo e cultura sob o mesmo céu.
























