O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu declarações da Embaixada dos Estados Unidos que sugeriam monitoramento das ações do ministro Alexandre de Moraes, gerando uma crise diplomática entre os dois países. A tensão escalou após o governo americano postar mensagens nas redes sociais com ameaças veladas ao magistrado brasileiro.
Em resposta contundente, Dino ressaltou que embaixadas estrangeiras não têm autoridade para monitorar ou interferir nas decisões do Judiciário brasileiro. O ministro enfatizou a importância do respeito à soberania nacional e defendeu o retorno do diálogo amistoso entre as nações parceiras.
O Itamaraty convocou o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. Foi a terceira convocação desde o início da crise. Durante o encontro com o embaixador Flávio Goldman, secretário interno de Europa e América do Norte, o Brasil manifestou sua “pura indignação” com a situação.
A tensão teve início quando os Estados Unidos anunciaram sanções contra Moraes através da Lei Magnitsky, alegando censura a cidadãos americanos e perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A embaixada americana no Brasil amplificou a mensagem ao republicá-la em português em suas redes sociais.
As autoridades brasileiras mantêm posição firme na defesa da autonomia do Judiciário nacional, reforçando que as relações diplomáticas devem ser pautadas pelo respeito mútuo e pela não interferência em assuntos internos. O episódio coloca à prova as relações históricas entre Brasil e Estados Unidos nos campos comercial, cultural e institucional.
























