Jeanete M. Fernandes (*)
A Inteligência Emocional é, sem sombra de dúvida, uma das maiores habilidades que um ser humano pode ter para viver sua plenitude existencial.
Mas afinal, o que é Inteligência Emocional? Ela é a capacidade que temos de desenvolver, reconhecer e perceber as nossas emoções e das outras pessoas. Ter essa consciência nos permite gerenciar melhor as nossas próprias emoções, nos beneficiar, bem como beneficiar o outro em nossos relacionamentos.
A pessoa que possui Inteligência Emocional tem a habilidade para fazer melhores escolhas, tomar decisões mais assertivas e obter resultados mais positivos, tanto para ela, quanto para aqueles com as quais convive.
Segundo o escritor Daniel Goleman, são cinco os pilares da Inteligência Emocional: autoconhecimento, controle emocional, automotivação, empatia e habilidade para desenvolver relacionamentos interpessoais. Para o autor, com essas cinco habilidades, teremos sucesso em nossas atividades na área pessoal e profissional.
Com o autoconhecimento, seremos capazes de diagnosticar com clareza as nossas próprias emoções e as reações que estas produzem em nós, e, assim, podemos mudar os comportamentos desejados. Possuindo o controle emocional não iremos agir impulsivamente e teremos maior poder sobre nossas reações, sabendo ter as melhores para o momento. Com a automotivação, teremos maior habilidade para vencer nossos desafios, persistindo diante das situações difíceis de nossas vidas. E com a empatia, saberemos, de alguma maneira, nos colocar no lugar do outro para compreendê-lo melhor e, assim, dialogar corretamente, propiciando uma vantagem positiva para ambos.
Finalmente, a habilidade de se relacionar com qualquer pessoa, irá nos permitir que sejamos mais flexíveis e resilientes, respeitando as diferenças de opinião e a unicidade de cada um. Seremos capazes de nos comunicar de maneira assertiva e ouvir com atenção o ponto de vista do outro. Saberemos colocar nossa opinião com serenidade, e, portanto, construir laços de amizade, respeito e amor pelas pessoas com as quais interagimos.
EMOÇÕES
O ser humano nasce com cinco emoções: medo, raiva, alegria, tristeza e afeto. E senti-las é necessário para o nosso desenvolvimento, pois cada uma dessas emoções nos ajuda a nos conhecer e a conhecer o outro. Nenhuma dessas emoções pode ser controlada. No entanto, podemos escolher as reações que teremos diante de cada uma delas. Para isto precisamos ter consciência de como manifestamos essas emoções. Esta consciência nasce do autoconhecimento. Aqui entra a Inteligência Emocional que nos apoia a reconhecer cada emoção sentida e a escolher a melhor reação diante das circunstâncias.
Vale lembrar que nossas emoções é que geram nossos comportamentos e estes foram aprendidos na infância. No entanto, como nada é permanente em nossas vidas, podemos realizar as mudanças que desejamos em qualquer tempo.
Particularmente, penso que, para termos Inteligência Emocional precisamos seguir um conselho simples dos grandes Sábios e Mestres: sermos observadores de nós mesmos e do outro. Ao nos observar, iremos conhecer nossas reações e, assim, podemos modificá-las. Para isto precisamos, apenas, ficarmos atentos ao momento presente. Quando permanecemos atentos ao que está acontecendo, seremos capazes de entender a emoção que estamos sentindo, ter autodomínio sobre elas e, por consequência, saberemos gerenciá-las de maneira assertiva, seja em prol de nós mesmos ou daqueles com os quais estamos nos relacionando.
Finalmente eu diria que é na auto-observação que nos conhecemos e encontramos o melhor caminho para desenvolver a Inteligência Emocional, pois, de forma geral, as respostas se encontram dentro de nós mesmos. Como consequência, iremos encontrar a maestria emocional que nos permitirá obter os melhores resultados para nossas vidas e ter relacionamentos mais saudáveis.
Algumas dicas para desenvolver a Inteligência Emocional:
1 – Observe e analise seu próprio comportamento.
2 – Domine suas emoções.
3 – Aprenda a trabalhar as emoções negativas.
4 – Aumente a sua autoconfiança.
5 – Aprenda a lidar com a pressão.
6 – Não tenha medo de se expressar e faça-o com serenidade para não causar desavenças.
7 – Desenvolva o sentimento de empatia e a compaixão para compreender o outro.
8 – Coloque em prática a resiliência e seja flexível.
9 – Ouça com atenção o que está sendo dito, aceite as diferenças de opinião e se comunique de forma assertiva sem ferir o outro.
(*) Jeanete M. Fernandes é palestrante e Master Coach especialista em Liderança e Desenvolvimento Humano.