As obras necessárias para a conclusão do Residencial Bom Jardim III, no bairro de mesmo nome, em Ipatinga, retomadas no mês de junho após uma paralisação que durou mais de três anos, já estão em fase final. Na tarde da última sexta-feira (7), membros da Secretaria Municipal de Planejamento fizeram uma visita ao local na companhia do diretor e de uma engenheira da empresa responsável pelos serviços, para verificar o andamento.
De acordo com a empreiteira, cerca de 90% da obra já estão concluídos, e a previsão de entrega é para o primeiro trimestre de 2021. Os recursos – de R$ 4 milhões e 87 mil – foram obtidos graças a gestões do município junto ao governo federal, com o apoio de representantes na Câmara Federal.
O residencial é composto por 14 blocos. São dez blocos com 22 apartamentos e mais quatro com 20, que constituem um total de 300 moradias. A área de cada unidade é de 45 metros quadrados. As habitações beneficiarão cerca de mil pessoas, de famílias com renda mensal de até R$ 1.800.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Ainda segundo a empresa responsável, hoje já são gerados empregos diretos que beneficiam moradores da região, e o número deverá ser elevado a 60.
“Atualmente, já geramos empregos diretos, mas à medida que as obras avançarem, esse número aumentará significativamente. Isso sem contar os empregos indiretos gerados através dessa obra”, diz o diretor da empreiteira, Fabiano Dias.
LONGA ESPERA
A construção dos apartamentos foi iniciada em 2014. Contudo, as obras foram suspensas em fevereiro de 2016, em função de denúncias de irregularidades na então Associação Habitacional de Ipatinga (AHI). Diante de entraves que convergiram inclusive para a insolvência da empresa na época responsável pela edificação, a Caixa Econômica Federal interrompeu a destinação de novos aportes para as moradias.
Organizações compostas pelos próprios condôminos passaram a acompanhar o desenvolvimento do projeto, que foi retomado em 2017. A supervisão foi transferida à CRE – Comissão de Representantes do Empreendimento e CAO – Comissão de Acompanhamento de Obras, após denúncias de má gestão e improbidade administrativa que afetaram a AHI. Contudo, ocorreu uma nova paralisação, o que favoreceu até mesmo a depredação das moradias, com o desaparecimento de muitos materiais.