O Hospital Muniipal Eliane Martins (HMEM), de Ipatinga, está entre as 21 unidades hospitalares de Minas Gerais que participam do projeto do Ministério da Saúde ‘Lean nas Emergências’, implementado pelo Hospital Sírio-Libanês e voltado para o aprimoramento da gestão hospitalar no enfrentamento ao novo coronavírus. O objetivo é ajudar os municípios na criação de gabinetes de crise hospitalar e, no caso local, amplia os instrumentos técnicos de combate à doença, já que, desde o início da pandemia, a cidade já possui três comitês de crise voltados para o monitoramento, acompanhamento e tomada de decisões.
Entre as frentes de trabalho já em atividade, em Ipatinga, estão o gabinete de crise hospitalar, composto por profissionais do Hospital Municipal; o comitê administrativo, com gestores da Secretaria de Saúde, e o Comitê Gestor de Crise, composto por integrantes do poder público, forças de segurança, sociedade civil organizada, representantes do comércio e judiciário. Todos os grupos se reúnem periodicamente para analisar o contexto da pandemia e tomada de decisões.
Apesar dos gabinetes de crise criados pelo município desde março, Ipatinga aderiu ao projeto e já participa de cursos oferecidos pela direção do Sírio-Libanês. São sete módulos, que consistem em: apresentação do projeto; sensibilização e criação do gabinete gestor; acompanhamento e monitoramento; segregação de fluxo; gestão de leitos; governança clínica, e um tutorial sobre como utilizar estratégia específica em tomadas rápidas de decisões.
“Embora o município já tenha criado as frentes de trabalho para enfrentar a pandemia e fazer a gestão, nós não poderíamos recusar conhecimento deste hospital que é referência no Brasil, com profissionais de grande renome na medicina. Participar deste projeto é profissionalizar ainda mais o que já temos e dinamizar o trabalho”, observou Érica Dias, secretária municipal de Saúde.
OTIMIZAÇÃO DE PRÁTICAS
Após aderir ao projeto, o município já recebeu um plano de ação informatizado, para avaliação de demanda, espaço, equipe, equipamento e altas médicas. Aos municípios que aderiram ao projeto é disponibilizado um aplicativo que irá otimizar as práticas protocolares e terapêuticas, o uso da telemedicina e ampliação da capacidade dos hospitais de referência. “Vamos organizar nossa estrutura já existente e melhorar o gerenciamento diário das ações, auxiliando nas tomadas de decisões”, enfatizou Érica.