O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu nesta quarta-feira (9) o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Quem deve assumir o cargo é o atual presidente da Embratur, Gilson Machado. Álvaro Antônio esteve no cargo por pouco mais de 1 ano e 11 meses, tendo ingressado no governo em 1º de janeiro de 2019.
DENÚNCIA POR CANDIDATURAS-LARANJA
Em 2019, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou Álvaro Antônio por crimes envolvendo candidaturas-laranja do PSL em 2018. O indiciamento do ministro pela Polícia Federal ocorreu devido ao crime eleitoral de omissão na prestação de contas, e também em razão do crime de associação criminosa.
Pela investigação, o partido inscreveu candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.
Marcelo Álvaro Antônio é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado.
Segundo inquérito da PF, ele “era e ainda é o ‘dono’ do PSL mineiro”. À época dos crimes apontados, Marcelo era o presidente estadual do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
No indiciamento, a PF afirma que o então presidente do PSL em Minas “possuía o total domínio do fato, controle pleno da situação, com poder de decidir a continuidade ou interrupção do repasse de recursos do fundo partidário”.
Desde o início da investigações, Álvaro Antônio nega as acusações.
(Com informações do site Metrópoles)