Durante seu depoimento nesta terça-feira (1°) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a imunologista Nise Yamaguchi afirmou que profissionais de saúde favoráveis ao tratamento precoce de pacientes da Covid-19 foram “perseguidos politicamente” por conta de seus posicionamentos. A médica fala desde 10h desta terça aos senadores.
“Houve uma conspiração política, múltiplas ações contra o tratamento precoce. Houve perseguição de médicos que estavam prescrevendo os medicamentos, excluindo a autonomia dos médicos. Houve, sim, uma perseguição política”, defendeu Yamaguchi.
A fala de Nise provocou reação imediata dos senadores de oposição ao governo federal que integram o colegiado. Alguns membros chegaram a ameaçar o encerramento da sessão, para que a médica fosse convocada novamente, mas, desta vez, na condição de testemunha.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a questionar Nise sobre um vídeo, reproduzido no colegiado, em que a médica diz “não ser necessário vacinar aleatoriamente a população, dizendo que a única saída é a vacinação”. A médica explicou a declaração aos senadores alegando que o tratamento é diferente da vacinação, visto que os imunizantes são preventivos.
“Vacina não é tratamento, vacina é prevenção. Um não compete [com] o outro. Tratamento é tratamento, vacinação é vacinação”, apontou.
Com informações Pleno.News