A microrregião de Coronel Fabriciano pretende vacinar em massa ao menos 50% dos moradores contra a Covid-19, começando pelas cidades menores. O acordo, que abrange os oito municípios da micro, Antônio Dias, Córrego Novo, Dionísio, Jaguaraçu, Marliéria, Pingo D’água, Coronel Fabriciano e Timóteo, aguarda aprovação do estado e visa barrar a expansão do vírus, reduzindo a ocupação de leitos hospitalares.
A medida tem o aval do superintendente Regional de Saúde, Ernany de Oliveira Duque, que levará a proposta à Secretaria de Estado da Saúde para o estudo de viabilidade técnica. Segundo Ernany, a experiência de países que conseguiram estabilizar a doença com a vacinação em massa, serve de inspiração com grande possibilidade de êxito.
“Nós buscamos hoje o entendimento da proposta e, agora, nós levaremos à aprovação do Estado dentro de uma análise técnica para fazer com que isso aconteça”, disse. A Superintendência de Saúde trabalha com um prazo de uma semana para finalizar os estudos e levar adiante a iniciativa.
Otimista, o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius, ressalta que o sucesso da ação depende do envolvimento de todos os municípios para que um a um alcance um índice superior a 50% de cobertura vacinal. Segundo chefe do executivo, em 21 dias, o município que realizar a vacinação deverá reduzir o número de infectados e doentes. “A saída é fazer um cinturão epidemiológico com cada município criando seu plano municipal de imunização permitindo esse ataque, e a ideia aqui, é mobilizar os municípios maiores para ajudarem os menores pra gente frear a doença evitando o escape imunológico”, disse.
Marcos Vinicius afirma que o modelo atual de vacinação, lento e a conta-gotas, se tornou uma ameaça à saúde pública do país. Provocado artificialmente pelo patógeno da vacina, o sistema imunológico acaba indefeso e sintomático, levando pessoas que muito provavelmente não teriam a doença em situações normais a adoecer. Para combater o que chama de “escape Imunológico”, o prefeito defende interromper a vacinação e promover mutirões de imunização.
“A saída é fazer o bloqueio em massa por meio da vacinação. Nos municípios grandes, tem de recuar e montar uma outra estratégia, é vacinar de uma só vez, um grande volume de pessoas, chegando a 10, 15% da população num único dia e não fazer a conta-gotas”, disse. O prefeito acredita que a morosidade na vacinação favorece o surgimento um grande número de variantes e cria resistência no sistema imunológico, fazendo com que o efeito seja contrário ao esperado.
IDEIA É SEGUIR O PNI
A ideia não se afasta do Plano Nacional de Vacinação (PNI), pelo contrário. Está alinhada às medidas previstas no plano. Cada município fará um estudo local de suas necessidades com base nas faixas etárias definidas pelo plano e assim definir quantas pessoas deverão ser vacinadas. Após isso, uma força-tarefa entrará em ação emprestando doses, vacinadores, carros e até motoristas para o bloqueio epidemiológico. O secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, afirma que a necessidade é urgente.
“Vamos bloquear o vírus nos municípios pequenos evitando que seu cidadão tenha de ser transportado para Fabriciano ou Timóteo já na forma grave da doença. A tendência é protegê-los e proteger nossa população e assim, sobrar leitos”, disse.
João Vieira, secretário de Saúde de Córrego Novo, acredita que o plano será como uma salvação para o município. “Vacinando mais de 50% do nosso povo, vamos tirar doentes dos hospitais daqui”, disse. Segundo o secretário ainda nesta semana, será feito o levantamento epidemiológico e a iniciativa será submetida à aprovação do Conselho de Saúde e dos vereadores.