Por Sergio Moreira (*)
A cidade de Ipatinga, situada na Região Metropolitana do Vale do Aço, no leste de Minas Gerais, receberá na segunda semana de novembro de 2021, a cônsul que representa os Estados Unidos da América em Belo Horizonte: Sra. Katherine Ordoñez. Fato inédito para a região, a recepção de uma personalidade da diplomacia do país do “Tio Sam” em solo ipatinguense.
Tal acontecimento foi proporcionado pelos esforços da Associação Cultural Líbano Brasileira de Minas Gerais através de suas ações voltadas às trocas acadêmicas, empresariais e de políticas públicas com países diversos.
Essas trocas acima citadas, que resultam em acordos entre universidades, empresas e até com poder público, são fruto de um processo denominado internacionalização. Esse recurso é um excelente negócio para quem deseja expandir seu mercado, que deve ser executado por especialistas em Relações Internacionais e Comércio Exterior, pois somente esses saberão extrair todos os benefícios oriundos de tais negociações, bem como se relacionar com diferentes culturas e preencher corretamente documentos, requisições e cumprir protocolos que a função exige. E as vantagens podem ser mensuradas em diversos setores.
No campo empresarial, há ganho de competitividade para aqueles que desejam expandir seu mercado além de suas fronteiras, verificado no aumento de seu faturamento. Empresas que se inserem em novos mercados são obrigadas a inovar em seu modelo de negócio. É necessária a pesquisa da cultura do local que se pretende efetuar as trocas comerciais, além de pesquisa de mercado e um prévio planejamento de operações. Uma vez que todas as etapas são seguidas, os benefícios são abundantes: capacidade de atendimento a clientes globais; diversificação da fonte de receitas gerando aumento do valor da marca pela presença internacional.
No âmbito acadêmico, desde a última década, a internacionalização da educação superior vem dominando a agenda de instituições públicas e privadas em todo o mundo. Através desse fenômeno é possível a observação da A cooperação internacional das universidades brasileiras com entidades estrangeiras; desenvolvimento científico e tecnológico. Como benefício há a atração de jovens pesquisadores estrangeiros ou o envio de alunos para universidades de outros países garantindo o aperfeiçoamento das habilidades lingüísticas dos discentes e docentes, além de fomento à pesquisa e inovação.
Na seara da administração pública, a internacionalização projeta a cidade mundialmente, alavancando seu desenvolvimento. A atração de investimentos internacionais e de turismo externo é uma estratégia de política pública que impacta diretamente na geração de emprego e renda, garantindo a capacidade de desenvolvimento do setor produtivo. Tais ações carregam também consigo o benefício cultural, que ocorre por meio da valorização de costumes, tradições e idiomas como forma de fortalecimento da identidade de um povo. É de extrema importância a participação em eventos ou premiações internacionais que proporcionam uma ampla visibilidade do município.
São inúmeros os benefícios da internacionalização, quer seja em empresas privadas, quer em instituições de ensino ou até mesmo no poder público. Todos poderão usufruir dos frutos do desenvolvimento econômico advindos dessa poderosa ferramenta de troca econômica, científica e cultural. A instituição que adotar tal processo, sairá na frente nesse mundo globalizado e estará fadada ao sucesso, basta apenas que o primeiro passo seja dado.
*Sobre o autor: Sérgio Moreira é empresário, mestre em Engenharia, MBA em Comércio Exterior e é mestrando em Negócios Internacionais. Atua como Presidente da Associação Cultural Líbano Brasileira de Minas Gerais (ACLB-MG) e também é Delegado Regional da Câmara de Comércio Líbano Brasileira de Minas Gerais (CCLB-MG).