Prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), além de representantes da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço (ARMVA), das empresas de transporte público que atuam na região e técnicos do setor participaram de reunião realizada nesta quinta-feira (18), para debaterem a respeito da possibilidade de implantação de um sistema de transporte metropolitano.
A reunião foi conduzida pelo prefeito de Santana do Paraíso, Bruno Morato, na condição de presidente da Assembleia Metropolitana e pelo diretor-geral da ARMVA, João Luiz Teixeira Andrade, como 1º secretário do colegiado, e contou com a presença virtual do prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, além do secretário municipal de Planejamento de Timóteo, Thales Castro, representando o prefeito Douglas Willkys.
O encontro foi um desdobramento da reunião da Assembleia Metropolitana da RMVA, realizada no fim de fevereiro, na qual o tema transporte público foi estabelecido como uma das prioridades a serem trabalhadas em prol da região.
O consultor técnico e engenheiro de transportes, André Barra apresentou argumentos que destacam os benefícios da integração dos sistemas de transporte, como a melhoria da prestação do serviço para os usuários do transporte, além da economia para municípios e estado.
INTEGRAÇÃO POR CONSÓRCIO
Atualmente, no território da RMVA coexistem cinco sistemas de transporte, sendo quatro municipais e um estadual. Portanto, esses sistemas são geridos por cinco entes federados distintos, com leis e regulamentos próprios, além de editais de concessões específicos que originam contratos de longo prazo com normas, exigências, metodologias tarifárias e parâmetros de qualidade de serviço diferentes.
Com o embasamento técnico e discussões feitas, os participantes da reunião concluíram que é urgente a unificação dos cinco sistemas de gestão em apenas um. A unificação da gestão possibilitará a unificação das operações, o que envolve quadros de horários, definição e otimização das rotas, distribuição de pontos de parada e definição de terminais de integração, bem como a lógica tarifária.
A proposta discutida durante a reunião foi a associação dos diferentes sistemas por meio da figura jurídica de um consórcio público. Desse modo, municípios e estado, uma vez consorciados, teriam condições legais para delegarem as suas respectivas competências de gestão do transporte para o consórcio, que passaria a administrar o sistema único criado.
Ficou definido que prefeituras em parceria com a Agência RMVA realizarão busca célere e conjunta para a implantação do transporte público unificado. Somente com uma ação robusta e integrada será possível avançar nessa pauta de interesse comum aos municípios da RMVA e estado, e de extrema necessidade para a população metropolitana.