A Secretaria de Saúde de Ipatinga constatou na última semana um grande crescimento na procura de pessoas com sintomas de síndrome gripal nas unidades de saúde, o que vem causando aumento das filas e demora no atendimento. Os sintomas são bem parecidos com os da Covid-19, como febre, dor de garganta, tosse, coriza e indisposição.
Diante dessa realidade, que sinaliza para um possível surto, a Secretaria Municipal de Saúde reorganizou atividades na rede de assistência e orienta a população a procurar atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Outra recomendação é que as pessoas recorram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ao Hospital Municipal somente em casos mais graves.
O diretor do Departamento de Administração Hospitalar e Urgências de Ipatinga, Rui Pereira de Oliveira Júnior, explica que a elevação no número de diagnósticos da síndrome gripal na rede pública de saúde tem sido registrada em todo o Brasil.
“Os atendimentos relacionados aos sintomas gripais estão crescendo exponencialmente nos últimos dias. Assim, estamos organizando o fluxo em toda a rede de saúde. No entanto, a maioria dos atendimentos que estamos realizando refere-se a casos de sintomas leves”, observou.
De acordo com a médica infectologista Carmelinda Lobato, inicialmente os sintomas de uma síndrome gripal comum e da Covid-19 são semelhantes. Mas alguns sinais podem apontar para um caso de maior gravidade, como falta de ar excessiva, baixa saturação de oxigênio no sangue e febre alta. “Esses sintomas nos levam a acender o sinal de alarme e dar maior atenção ao paciente”, explica.
A médica ainda orienta a população quanto aos locais onde procurar assistência em caso de contrair uma gripe ou resfriado. “A gente tem que entender que o Sistema Único de Saúde (SUS) é dividido em atenção primária, secundária e terciária. E a estrutura primária em Ipatinga é muito bem equipada. Então, em caso de sintomas leves, o ideal é procurar a UBS mais próxima e deixar para o Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) os casos mais graves, que são os notificados”, aconselhou.