A Prefeitura de Coronel Fabriciano, em parceria com as Polícias Militar e Civil, Ministério Público e Judiciário, iniciou discussões para implantar na cidade um protocolo de atendimento a vítimas de violência doméstica.
O objetivo é unir a rede de proteção e assim proporcionar agilidade e melhor acompanhamento dos casos, fazendo com que a vítima seja atendida por profissionais capacitados e tenha segurança nos encaminhamentos e no monitoramento. Os agressores também serão assistidos e monitorados para que compreendam o serviço e adotem nova postura de enfrentamento à violência.
O município atuará por meio do Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social). O serviço irá acolher a vítima e o atendimento pós-violência, vai dar o suporte visando interrupção do ciclo de violência e empoderar a mulher para que ela possa reorganizar a vida.
“Nós temos atualmente um protocolo muito simples, que já existe. O que estamos fazendo é aprimorá-lo para atender melhor, gerar dados que vão nortear as ações de prevenção, deixando claro para a sociedade como Coronel Fabriciano pretende atender de forma integrada e intersetorial as mulheres vítimas de violência que necessitam de acolhimento e apoio”, disse Letícia Godinho, secretária de Governança de Assistência Social.
DADOS E INFORMAÇÕES
Pela primeira vez na cidade, os órgãos de Segurança Pública e da Assistência poderão reunir dados confiáveis e estatísticas da violência doméstica desde o registro da ocorrência até a solução – apuração do caso, autor, tipo de assistência à vítima e, ao final, o relato dos resultados obtidos.
A Polícia Militar, que já dispõe de uma Patrulha Especializada para esses tipos de casos, acredita que a união de forças dará resultados imediatos. A Sargento Simone Costa, militar que integra a patrulha especializada, acredita que a responsabilidade coletiva em torno das ocorrências abre mais possibilidades de solução dos conflitos.
“O trabalho visa dar um tratamento mais humanizado à vítima, no momento do conflito, fazer os encaminhamentos na rede de proteção e tentar desestimular o agressor para que haja uma quebra no ciclo de violência”, disse.
A militar ressalta ainda que a partir do momento que se estabelecer um fluxograma, o protocolo dará mais amparo e autonomia à vítima para que ela encontre a proteção devida.