Brasil registrou, no mês de novembro, a geração de 135.495 novos postos de trabalho com carteira assinada. O dado é do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (28/12), pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Com esse resultado, o estoque de trabalhadores com carteira assinada no país alcançou novo recorde histórico com 43.144.732 postos de trabalho.
Os empregos criados em novembro de 2022 são resultado de 1.747.894 admissões e de 1.612.399 desligamentos. O saldo positivo de empregos formais foi verificado em 22 das 27 unidades da federação. Os destaques foram São Paulo (+50.908 postos), Rio de Janeiro (+25.223 postos) e Rio Grande do Sul (+11.679 postos). Das cinco regiões do país, quatro tiveram saldo positivo de criação de empregos em novembro. O destaque foi para o Nordeste (+29.213 postos). O resultado negativo foi do Centro-Oeste que teve leve retração (-773 postos).
Entre as atividades econômicas, dois dos cinco grandes grupos tiveram saldo positivo no mês de novembro. O maior crescimento ocorreu no setor do comércio (+105.969 postos), com destaque para subsetor do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (+20.731).
O setor de serviços vem em seguida, com saldo de 92.213 postos de trabalho formais. Destaque para o subsetor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com saldo de 52.358 vagas no mês.
A indústria apresentou saldo negativo (-25.207), com impacto principalmente do setor sucroalcooleiro. Também tiveram saldo negativo o setor da construção (-18.769) e agropecuária (-18.211).
No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 2.466.377 empregos, decorrente de 21.230.904 admissões e de 18.764.527 desligamentos.
TRABALHO INTERMITENTE
Em novembro de 2022, houve 27.686 admissões e 16.877 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 10.809 empregos, envolvendo 6.441 estabelecimentos contratantes. Um total de 171 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.036 postos), comércio (+3.151 postos), construção (+636 postos), agropecuária (+8 postos) e indústria (-22 postos)
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL
Nessa modalidade, foram registradas 16.386 admissões em regime de tempo parcial e 13.456 desligamentos, gerando saldo de 2.930 empregos, envolvendo 7.423 estabelecimentos contratantes. Um total de 53 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
O saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por serviços (+1.371 postos), comércio (+1.096 postos), indústria (+448 postos), construção (+37 postos) e agropecuária (-22 postos).
DESLIGAMENTO MEDIANTE ACORDO
Foram 16.073 os desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.894 estabelecimentos, em um universo de 10.218 empresas. Houve 32 empregados que realizaram mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Os desligamentos por acordo distribuíram-se por serviços (8.131 desligamentos), comércio (3.219 desligamentos); indústria (2.428 desligamentos), construção (1.513 desligamentos) e agropecuária (782 desligamentos).