O padre Edison Geraldo Bovo chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar seus posicionamentos políticos durante sermão na missa da Quaresma, no último domingo (6). O líder da Paróquia São Roque em Laranjal Paulista (SP) criticou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e questionou a segurança das urnas eletrônicas. Além de sugerir que o ex-presidente Lula (PT) comprou o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Por que João Doria fechou um monte de empresa? Por que muita gente está aí, até hoje, que não vai se recuperar mais na vida? Perdeu tudo. O sonho de investir em alguma coisa grande desmoronou por causa do infeliz. Agora ele quer ser presidente nosso. E vocês vão votar?”, disse ele, na missa que teve transmissão online.
Durante seu discurso de dez minutos, ele também chamou o ex-presidente petista de “o maior ladrão que o mundo já viu”.
“Coitada da família dele, dos pais, da mãe que têm vergonha disso. Onde você pesquisar no mundo, é o pior. Sabe quanto que nós pagamos para dizer que ele é bonzinho? Eu não vou falar porque o pessoal acostumou com dinheiro e não sabe o que que é (…) Esse dinheirinho é usado para pagar o STF, os advogados, para dizer “ele é inocente”, “ele não fez nada”, “ele é bonzinho”, acrescentou.
Edison Geraldo também classificou o sistema eleitoral brasileiro como fraudável.
“Um sistema de voto que é fraudável, não adianta querer provar outra coisa. E nós estamos pagando para fazer propaganda mentirosa dizendo que é seguro. Não é seguro, em nenhum país isso é seguro. Seguro é eu ir no mercado, pegar meu tíquete e conferir”, declarou.
Procurado pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o padre admitiu ter medo de uma punição da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Mas garantiu que não deixará de falar sobre política nos sermões. De acordo com o religioso, ele sempre teve o hábito de se posicionar durante os 12 anos que vem dirigindo a paróquia.
“Não vou parar. Se acharem que eu não sirvo para a Igreja, entrego a paróquia. O que eu sou, sou desde que nasci e vou ser até o fim. Não retiro nada do que disse. Não são ameaças que vão me fazer calar. É bem o grito do povo entalado na garganta de todo mundo”, assinalou.
Fonte: Pleno.News