As secretarias de Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social de Timóteo realizaram na tarde da terça-feira (25), o seminário “Qualidade de Vida do Idoso – Ações Integradas da Saúde e Assistência Social. O evento qualificou a rede de atendimento ao idoso do município com foco de ação nos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O prefeito Douglas Willkys, durante a abertura do encontro, destacou que o município é reconhecido pelos índices de qualidade de vida da população. “Devemos repensar os programas e reforçar estratégias para oferecer novos serviços. Devemos nos preocupar em melhorar a vida dos nossos pais”, pontuou o prefeito.
A presidente do Conselho do Idoso, Lílian Sperancini, adiantou que para o ano de 2023 serão desenvolvidos 10 projetos em Timóteo pelas Organizações da Sociedade Civil inscritas no referido Conselho, via Fundo Municipal do Idoso.
Os participantes do Seminário receberam uma cartilha com dados sobre os parâmetros e as normativas da política de assistência social e referências de atendimento à população. A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Rosanna Borges, chamou a atenção para a importância do Seminário no sentido de humanizar e promover a troca de conhecimentos entre profissionais dos diversos núcleos de atendimento como: CRAS, CREAS, Unidades Básicas de Saúde, Conselheiros da Saúde, Conselheiros do Idoso, Sodalício Tio Questor, Pastoral da Pessoa Idosa, Programa Andanças, Programa Humanizar e demais integrantes da rede.
PALESTRAS
Em sua palestra, o médico geriatra Sávio Ulhôa fez um resgate histórico e destacou a implantação em 1997, do Programa Humanizar, bem como a introdução das ações do Programa do Idoso, como projetos de grande importância para a saúde preventiva.
“O envelhecimento da sociedade é um processo natural e irreversível e deve ser visto como vitória e não como derrota”, frisou Sávio, referindo-se ao aumento da longevidade da população. Em 1960, uma pessoa vivia em média apenas 52,5 anos; em 2010, esse número subiu para 70,6 anos, fenômeno constatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O geriatra chamou a atenção para as características do envelhecimento com baixa qualidade de vida como: perda da autonomia para decidir, dificuldades de locomoção, falta de segurança, participar e responder plenamente por si, isolamento. Ele sugere buscar meios para sensibilizar a população a se programar para um envelhecimento ativo, se cuidar de maneira preventiva, visando um envelhecimento participativo, mais saudável e seguro.
Dos 3.618 idosos inscritos no CadÚnico, 1.356 (37%) possuem renda zero, revelando uma população muito vulnerável. Em sua apresentação, a gerente de Proteção Social Especial, Patrícia Dias, relatou com preocupação o total de 798 idosos que moram sozinhos no munícipio, segundo dados do Cadastro Único. “Precisamos prevenir para que não fiquem isolados ou sejam negligenciados nos seus direitos. Existem ainda os que são negligenciados dentro da própria família”, revelou a gerente.