O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentado como pré-candidato ao Palácio do Planalto, avalia desistir da aventura eleitoral e se focar na tentativa de manter o comando do Congresso Nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Desde que teve o nome lançado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, Pacheco não decolou nas pesquisas e parece não ter empolgado as bases do partido. Parlamentares e lideranças do PSD defendem a ideia de que a legenda abandone a candidatura própria e apoie um dos outros concorrentes à Presidência.
Recentemente, Kassab se reaproximou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pretende atrair a sigla para seu arco de alianças. O PT ofereceria apoio a Pacheco na disputa por mais um mandato como presidente do Senado, em troca do apoio do partido na corrida eleitoral.
Segundo o site Terra Brasil Notícias, Pacheco ainda está na metade de seu mandato como senador e, por isso, tem sido aconselhado por interlocutores a deixar a disputar pelo Planalto para 2026 ou 2030.
Caso o presidente do Senado desista da pré-candidatura, o PSD poderia retomar as conversas com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), que era o nome inicialmente cogitado pela legenda para disputar o governo de São Paulo.
Com o ex-tucano cada vez mais próximo de ser anunciado como vice na chapa de Lula, uma hipótese seria sua filiação ao PSD, justamente para ocupar essa posição. O petista gostaria de ter o partido de Kassab na posição de vice.
Uma decisão final deve ser tomada pelo PSD em março. Publicamente, Kassab mantém o discurso de que a legenda terá candidato próprio à Presidência em outubro.
“Alckmin está envolvido no projeto do Lula no primeiro turno, e nós vamos ter candidatura própria”, afirmou Kassab. “Nós só estamos esperando passar fevereiro. Pacheco é presidente do Senado, tem a tribuna para falar todo dia com o Brasil”.