O combate às arboviroses em Coronel Fabriciano conta agora com dados atualizados da infestação do mosquito Aedes Aegypti na cidade. Um novo LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) acaba de ser concluído e vai guiar as ações do Plano de Combate às Arboviroses, lançado pela Secretaria de Governança da Saúde no início do período chuvoso no final de 2021.
Segundo os dados, o índice atual é de 3,2%, considerado de médio risco, mas acima do último levantamento realizado em outubro de 2021, que foi 2,2%. O levantamento foi realizado entre os dias 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e foi o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) do ano. Diante dos números, a Secretaria de Governança da Saúde mantém o alerta e determinou ações imediatas de combate ao mosquito nas áreas mais afetadas.
“Nós temos regiões com grande infestação e outras com infestação muito baixa. Por isso, vamos focar naqueles locais onde a presença do mosquito está mais intensa. Onde foram encontradas larvas é ali que pretendemos agir com o nosso mutirão de combate às arboviroses”, disse o secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau.
A pesquisa revelou que alguns objetos são os campeões de armazenamento de larvas. Em 1º lugar está o bebedouro de água de cães e gatos. Em 2º vêm os vasos de flor e em 3º lugar estão os vasos sanitários. Entre os inservíveis, os pneus velhos aparecem em 1º lugar juntamente com baldes e tambores. Latinhas e outros recipientes também são potenciais criadouros. Os bairros campeões em infestação de larvas são o São Vicente, com 50% das moradias infestadas; Santa Rita, com 17,2% e Silvio Pereira 1, com 11,6%. Nestes bairros o combate focal será reiniciado imediatamente.
As ações do mutirão iniciadas no final do ano passado envolvem as Secretarias de Governança da Saúde e de Obras e Serviços Urbanos, por meio da gerência de Limpeza Urbana. Um cronograma abrangendo toda a cidade foi colocado em ação, bairro por bairro, para limpar e recolher materiais inservíveis de dentro das casas, quintais e em terrenos baldios. Várias toneladas de material já foram recolhidas.
“É muita coisa, mas por incrível que pareça ainda há objetos inservíveis espalhados por aí. O trabalho continua. Por isso, pedimos o apoio da população para descartar corretamente aquilo que não serve mais e que possa servir de criadouros para o mosquito conforme o calendário de coleta de lixo domiciliar e de entulho”, afirma o coordenador de Controle de Zoonoses e Endemias Endemias no município, Adelson Arruda.
As equipes de agentes de endemias trabalham incansavelmente para evitar que os números das arboviroses cresçam no município. O perigo maior é a Dengue, mas tem também a Zika e a Chikungunya, que também são doenças incapacitantes. A gerente de Vigilância em Saúde, Vânia Tavares, pede apoio da população nas ações. “É muito importante que os munícipes permitam a entrada dos agentes de combate às endemias no domicílio para detectar a existência de focos do mosquito e fazer a eliminação do mesmo, além de realizar o tratamento com larvicida nos depósitos encontrados.”