O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a divulgar nesse domingo (7) os bens declarados pelos candidatos à Presidência da República que já registraram sua candidatura e revela uma realidade distante entre os concorrentes. Os valores dos patrimônios informados até hoje (8) vão de R$ 197 a R$ 24,6 milhões.
O patrimônio mais alto até agora é o do candidato do Novo, Felipe D’Avila. O mais baixo é o do presidenciável da Unidade Popular (UP), Léo Péricles.
Candidatos como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT), que já tiveram seus nomes oficializados por seus respectivos partidos para disputar as eleições, ainda não registraram candidatura no TSE e, portanto, não tiveram o patrimônio divulgado.
Felipe D’Avilla (Novo)
O candidato do Novo à Presidência da República, o cientista político e empresário Felipe D’Avila, informou à Justiça Eleitoral ter R$ 24,6 milhões em bens. O patrimônio inclui uma casa de R$ 2,3 milhões e participações em investimentos nos valores de R$ 7 milhões e R$ 10,3 milhões.
Já o candidato a vice pelo Novo, o administrador Tiago Mitraud, informou contabilizar R$ 1,9 milhão em bens. O valor inclui uma aplicação em renda fixa de R$ 1 milhão e uma apartamento de R$ 117,4 mil.
Léo Péricles (UP)
O candidato da Unidade Popular, o ativista social Léo Péricles, declarou ter R$ 197,31 em um investimento na caderneta de poupança. A candidata a vice do partido, a servidora pública Samara Martins, informou que tem R$ 3.364,55 em bens. Péricles e Martins formam a única chapa integralmente constituída por pessoas pretas nas eleições de 2022.
Lula (PT)
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou ao TSE ter R$ 7,4 milhões em bens, incluindo um apartamento de R$ 94.571,25 e R$ 5,5 milhões em previdência privada na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
Já o candidato a vice na chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), declarou ao TSE ter um patrimônio de R$ 1 milhão. Seu bem de maior valor é um apartamento de R$ 323.806,02.
Pablo Marçal (Pros)
Nome que teve a candidatura registrada no TSE pelo Pros, o coach e influenciador digital Pablo Marçal declarou ter R$ 16,9 milhões milhões em bens. Do total, cerca de R$ 13 milhões provêm de participações societárias.
A candidata à vice-presidência pela chapa, a policial militar Fátima Pérola Neggra (Pros), não cadastrou bens no TSE.
Apesar de o nome de Marçal ter sido registrado no TSE, a nova direção do Pros definiu por retirá-lo da disputa eleitoral. A retirada da candidatura própria ocorreu de forma unânime em votação feita com 29 integrantes da cúpula do partido presentes em reunião, segundo ata registrada pelo partido no TSE. O partido deverá declarar apoio a Lula já no primeiro turno.
Simone Tebet (MDB)
A candidata do MDB, a senadora Simone Tebet, informou à Justiça Eleitoral ter R$ 2,3 milhões em bens. A maior parte do patrimônio provém de imóveis, incluindo cinco apartamentos de R$ 200 mil e dois terrenos de R$ 200 mil.
A vice na chapa, a também senadora Mara Gabrilli (PSDB), declarou ter patrimônio de R$ 12,8 milhões em bens. O valor inclui R$ 5,1 em aplicações em investimentos, R$ 2,3 milhões em previdência privada na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e um apartamento de R$ 950 mil.
Sofia Manzano (PCB)
A candidata do PCB à presidência, a economista e professora Sofia Manzano, informou à Justiça Eleitoral ter R$ 498 mil em bens. O patrimônio inclui um apartamento de R$ 200 mil e uma casa de R$ 294 mil.
O candidato a vice na chapa, o jornalista Antônio Alves (PCB), declarou ao TSE ter R$ 13,3 mil em bens, sendo R$ 12 mil relativo a um veículo automotor.
Vera Lúcia (PSTU)
A candidata do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), a socióloga Vera Lúcia, informou à Justiça Eleitoral ter um único bem registrado em seu nome: uma conta poupança com R$ 8.805 depositados.
Já a ativista indígena Raquel Tremembé (PSTU), vice na chapa, declarou não possuir bens.
Com informações do G1