O salário mínimo terá reajuste de ao menos 4,48% em 2024, segundo projeções do novo Boletim Macrofiscal, publicado ontem (19) pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia. Com isso, o piso nacional passará dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.379, um incremento de R$ 59.
Esse valor não conta ainda com o índice de aumento real, ou seja, acima da inflação, que deverá ser definido até o fim do ano. A mudança do piso nacional afeta aposentadorias, abono salarial e benefícios sociais.
Segundo estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo é a base da remuneração de 60,3 milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O último reajuste do piso foi em 1º de maio, de R$ 1.302 para R$ 1.320, um aumento de R$ 18, ou 1,38%. Neste ano, em 1º de janeiro, o piso já havia aumentado R$ 90, quando passou de R$ 1.212 para R$ 1.302, com impacto de R$ 69,3 bilhões na economia.
O reajuste leva em consideração o aumento deste ano do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador da inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, usado como referência para o salário mínimo. Com a desaceleração da inflação, o governo revisou a projeção do índice, de 5,34% para 4,48%.
Mas a expectativa é que seja acrescentado ainda um ganho real, acima da inflação. Projeto de lei para estabelecer uma política de valorização do salário mínimo foi encaminhado pelo governo ao Congresso em maio.