Militares do Exército defendem a nomeação do tenente-coronel do Exército, Mauro Cid Gomes, para o 1º BAC (Batalhão de Ações de Comandos) de Goiânia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta impedir que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja nomeado.
O Poder360 apurou que oficiais consideram que a tentativa de Lula em barrar o militar é uma forma de politizar a Força. Argumentam que Cid Gomes possui requisitos necessários para o posto, e que nomeação do tenente-coronel atendeu os critérios, estabelecidos pela legislação interna da repartição intensiva do Exército.
O general Júlio César Arruda se recusou a impedir a nomeação de Cid e, por isso, foi demitido do cargo. Assumiu em seu lugar o general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva.
Ainda segundo o que apurou o Poder360, as normas do BAC exigem que, para assumir o posto de comandante, o militar deve: ser aprovado no Curso de Paraquedismo do Exército (PQD), no Curso de Ações de Comandos (CAC) — ministrado pelo próprio batalhão — e no Curso de Forças Especiais.
O cumprimento dos cursos de formação citados acima é o principal motivo que leva os militares do Exército a defenderem a nomeação de Cid. Eles também acreditam que barrar a nomeação, sem um impedimento legal, tensionaria a relação do governo com o Exército.
Mauro Cid é acusado de operar um suposto esquema de caixa 2 no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro. O militar nega.
O tenente-coronel Cid é só um dos alvos de Lula nas Forças Armadas. O petista quer fazer uma limpa nas Forças Armadas. Mira oficiais considerados muito alinhados com o governo anterior. Segundo apurou o Poder360, os outros vistos com desconfiança pelo presidente são:
General Dutra (Gustavo Henrique Dutra de Menezes), que comanda desde abril de 2022 o Comando Militar do Planalto. Sobre ele, militares destacaram que chefe militar possui renome entre os oficiais pelas obras em Boa Vista (Roraima)
Tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial. Miliares analisam o oficial como militar de destaque na gestão de tropas.
Fernandes teve uma discussão registrada em vídeo no 8 de Janeiro dificultando a prisão de vândalos dentro do Palácio do Planalto.