A Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras, que “fez o L” em 2022, manifestou “frustração” com o presidente Lula. Isso porque o petista estaria cometendo preconceito de gênero no Itamaraty.
O grupo “chegou ao limite” depois de uma série de nomeações de embaixadores homens para cargos no exterior, em especial aqueles considerados de mais alto valor na carreira diplomática.
Segundo a associação, das 47 nomeações de Lula, apenas seis (pouco mais de 10%) são mulheres.
“As nomeações feitas pela atual gestão traduzem nítido descompasso entre palavras e ações”, diz o trecho de uma nota publicada na quarta-feira 21. Obtido por Oeste, o documento relembra o “compromisso com a diversidade” de gênero que o chanceler Mauro Vieira assumiu ao tomar posse.
No texto, as diplomatas afirmam que, passados quase seis meses de gestão, “as mulheres seguem aguardando medidas que revelem efetivo compromisso com a promoção da equidade de gênero e, sobretudo, respeito ao profissionalismo e à dedicação das mulheres na carreira diplomática brasileira”.
Por fim, as signatárias do texto acusam Lula de agir como o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujas indicações de mulheres estão quase no mesmo patamar.
LIDERANÇAS
Depois de lideranças do movimento negro se decepcionarem com o presidente Lula, militantes LGBT+ e feministas veem dificuldades para fazer avançar pautas de extrema esquerda no governo.
Pouco depois da da posse, Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, queixou-se de não ter recebido um ministério e pediu um departamento no Ministério de Direitos Humanos “com verba”.