O novo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, afirmou na segunda-feira (2), que assume a função mesmo com a “incompreensão” de pessoas próximas. O brigadeiro espera que essa “incompreensão” dos mais próximos se reverta em entendimento.
“Como filho desta pátria tão idolatrada, eu não fugiria à luta nem me furtaria à nobre missão. E que a incompreensão de alguns mais próximos se reverta em futuro entendimento”, disse Damasceno, durante cerimônia de passagem de comando.
De acordo com a Revista Oeste, sem citar o nome do novo presidente, Damasceno diz que o período de transição do governo mostrou que a FAB continuará com o apoio do Palácio do Planalto para seus projetos.
“Estou absolutamente convicto de que as Forças Armadas continuarão a usufruir dos projetos estratégicos por parte da Presidência da República e do Ministério da Defesa, assim como do tratamento gentil e harmonioso aos assuntos de defesa”, completou.
Damasceno assumiu o comando da Aeronáutica do brigadeiro Baptista Júnior, que ficou no cargo nos últimos dois anos do governo Bolsonaro.
O brigadeiro Baptista Junior, que passa o cargo para Damasceno, disse em discurso que presta continência a autoridades, não a pessoas.
“Este importante gesto de saudação militar, impessoal e que visa às autoridades, não às pessoas. Hoje, em meu último gesto como comandante da Aeronáutica, a minha continência selará a passagem da autoridade e responsabilidades que recebi do meu antecessor ao nosso comandante líder.”
José Múcio Monteiro, novo ministro da Defesa, elogiou os dois brigadeiros e disse que Baptista é um “legítimo herdeiro dos valores democráticos”.
“A solenidade reforça o meu compromisso de manter as bem-sucedidas iniciativas dos meus antecessores, com a busca incessante dos programas e projetos de reaparelhamento de todos os âmbitos das Forças Armadas”, afirmou Múcio.