A Azul Linhas Aéreas e a Azul Cargo, realizaram na última quinta-feira (18) um transporte especial. Ao invés de clientes ou animais de estimação, a aeronave Pilatus foi adaptada para receber oito ararinhas-azuis, aves que estão em extinção na natureza. A aeronave decolou às 15h do BH Airport, na capital mineira, e pousou às 18h no aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, ambos operados pela CCR Aeroportos. Depois, as aves foram transportadas por via terrestre até o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-azul, em Curaçá, na Bahia, onde serão reintroduzidas no seu habitat natural, a caatinga. Essas são as primeiras nascidas em cativeiro no Brasil e que finalmente poderão voar em liberdade na natureza.
Segundo Tariana Cruz, gerente Geral de Marketing da Azul, foram meses de planejamento para finalmente chegar esse momento único para a empresa. “É um orgulho participar de parte deste processo. A Azul cuidou deste transporte aéreo e tudo foi feito com cuidado e organização para que o voo fosse direto, evitando o máximo de estresse para as aves durante o percurso. Estamos emocionados e felizes de poder contribuir com esse projeto, que apoiamos desde 2020, por meio de ações como o avião Ararinha-azul, que é uma aeronave Embraer E2 com uma pintura especial em homenagem à espécie, feito pelo artista Luiz Pardal”, explica Tariana.
A complexa logística desta operação foi feita em parceria com a BlueSky, que é responsável pela criação e reintrodução das aves na natureza junto com a ONG Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP). “Estamos extremamente gratos pelo apoio da Azul no programa de reintrodução da ararinha-azul. A companhia tem se dedicado a disseminar a importância da conservação da espécie única e, juntos, estamos dando mais um importante passo para levar a ararinha-azul de volta ao seu habitat natural ”, afirma Ugo Vercillo, diretor da Bluesky.
Todas as ações para salvar a espécie fazem parte do Plano de ação nacional para conservação coordenado pelo ICMBio/Governo Federal. No início dos anos 2000, a ave foi considerada extinta da natureza. Foi necessária a reprodução em cativeiro para iniciar a reintrodução no seu habitat natural. As primeiras aves foram soltas em 2022 no Refúgio, de forma gradual, e são acompanhadas por meio de rastreadores. O projeto BlueSky alerta também que é preciso atuar na conservação e preservação da caatinga, que é casa dessa e outras espécies. “O tráfico ilegal e a destruição do meio ambiente são dois fatores que contribuíram para a ararinha-azul ser considerada extinta, por isso, nosso projeto é sermos os guardiões das ararinhas, protegendo não apenas a espécie como a caatinga”, informa Ugo.
Para a equipe da CCR Aeroportos, participar da ação reforça como o sistema aeroportuário tem papel que vai muito além do transporte de passageiros. “Conectar pessoas, negócios e empresas e, claro, contribuir com inciativas que fomentam a nossa biodiversidade nos enche de orgulho e destaca a importância da aviação para um país tão extenso como o nosso”, explica Jamerson de Andrade Vasconcelos, gerente do Aeroporto de Petrolina.
A parceria com a Azul nessa iniciativa também foi ressaltada por Daniel Miranda, CEO interino e diretor Administrativo-Financeiro do BH Airport. “É uma satisfação para o aeroporto fazer parte de uma ação ambiental tão relevante, sobretudo pela preservação de uma espécie em extinção. Práticas a favor do ESG, sobretudo relacionadas a iniciativas de proteção da fauna, são um compromisso da nossa organização”, destaca.