Nessa terça-feira (6), uma reviravolta abalou a esfera política argentina. Fabiola Yañez, que foi primeira-dama até recentemente, apresentou acusações de violência doméstica contra o ex-presidente Alberto Fernández. As alegações surgem após uma investigação do Ministério Público argentino, inicialmente focada em abuso de autoridade e peculato, que revelou evidências de agressão.
Os detalhes das agressões foram divulgados pelo jornal Clarín, que apontou a descoberta de provas em registros fotográficos e áudios encontrados no celular de María Cantero, secretária de Fernández. As imagens mostram Yañez com marcas de violência, enquanto os áudios relatam episódios de agressão na residência oficial, a Quinta de Olivos.
Inicialmente, Yañez optou por não seguir com a queixa, levando ao arquivamento do caso na Justiça. No entanto, após o vazamento das imagens para a imprensa, ela mudou de posição e decidiu abrir uma nova investigação criminal. Atualmente, Yañez vive em Madri com seu filho, após se mudar para a Espanha com Fernández, de quem se separou.
O advogado de Yañez, Juan Pablo Fioribello, declarou que, embora não tenha participado diretamente da acusação, percebeu a angústia de sua cliente. Segundo ele, Yañez decidiu denunciar Fernández por espancamentos e ameaças, contatando diretamente o juiz Julián Ercolini.
Fernández negou as acusações e, em comunicado no X (ex-Twitter), afirmou que tomaria medidas judiciais para provar sua inocência. Ele está proibido de deixar o país e enfrenta restrições impostas pela Justiça.
A repercussão do caso traz à tona a questão da violência doméstica, um tema que continua a ser debatido na sociedade argentina e além. A decisão de Yañez de tornar pública sua experiência ressalta a importância de dar voz às vítimas e buscar justiça, independentemente de quem seja o acusado.