A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) informou por meio de nota, que foi impedida de dar sua contribuição em audiência pública realizada na tarde dessa quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para discutir a regulamentação do Decreto nº 48.747, de 29/12/2023, que trata da caução ambiental prevista na Política Estadual de Segurança de Barragens.
A Fiemg, que é representante do setor produtivo mineiro, emitiu nota de repúdio em relação à postura da Comissão de Administração Pública da ALMG, que convocou a audiência, bem como da deputada estadual Beatriz Cerqueira, que presidiu a reunião sobre o tema e impediu a participação de representantes da entidade.
“Estamos aqui na Casa do Povo, onde todos têm que ser ouvidos e o setor produtivo – que representa parcela significativa da sociedade civil, indústrias importantes e empregos no Estado – não teve a oportunidade de se manifestar. Nós ouvimos todo mundo – quem é contra e a favor ao decreto – e queríamos falar sobre o decreto, colocar nosso ponto de vista, indicar pontos de melhoria, debater com o governo, o Parlamento e com a sociedade civil para chegarmos a um termo em comum e algo que atenda ao desenvolvimento sustentável de Minas Gerais”, afirma o gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da Fiemg, Thiago Rodrigues Cavalcante.
De acordo com a Fiemg, durante a audiência, três empregadas se manifestaram em função do impeditivo de fala dos representantes da entidade e, neste momento, foram agredidas verbalmente, com palavras de baixo calão, por uma pessoa que estava nas galerias acompanhando a reunião. Tal situação gerou tumulto e constrangimento nas pessoas que estavam lá para serem ouvidas.
A Fiemg ressalta que, em momento algum, as deputadas Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves, que estavam compondo a mesa, se manifestaram contrárias às agressões sofridas às empregadas da federação.
“Neste Dia das Mulheres, a Fiemg que tem em seu quadro pessoal 4.665 mulheres, que representam 54% do total de funcionários, sendo 60% da nossa liderança, repudia a postura adotada e a omissão dos parlamentares durante a audiência pública e espera que este tipo de agressão e omissão às mulheres não ocorra novamente” diz a nota.