O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou a aquisição de um novo avião presidencial, orçado entre R$ 1,4 bilhão e R$ 2 bilhões, devido ao atual cenário de restrição orçamentária do governo federal. A decisão foi tomada em meio aos esforços para cumprir as metas do arcabouço fiscal.
O projeto previa a compra de uma aeronave da Airbus com maior autonomia de voo e configurações especiais para uso presidencial. Se adquirido agora, o novo avião só estaria disponível em meados de 2027, após o término do atual mandato presidencial. Uma alternativa em análise é a reforma de um Airbus A330-200 existente, embora essa opção também apresente custos elevados.
A necessidade de substituição ganhou destaque após uma pane no atual avião presidencial, o “Aerolula”, durante uma viagem ao México em outubro. O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, defendeu publicamente a renovação da aeronave, que completará 20 anos de uso em janeiro de 2025.
O atual Airbus A319 CJ foi adquirido em 2005 por US$ 56,7 milhões e possui limitações de autonomia, necessitando de várias escalas em viagens longas. A nova aeronave pretendida incluiria recursos modernos como internet de alta velocidade e espaço ampliado para reuniões.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que realiza estudos técnicos para identificar soluções que atendam às demandas do Gabinete de Segurança Institucional. Enquanto isso, o “Aerolula” segue em operação, transportando o presidente em compromissos oficiais, como a recente viagem para a Cúpula do G-20 no Rio de Janeiro.