O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), causou apreensão no governo ao afirmar que não existe compromisso em manter o texto do pacote de gastos aprovado pela Câmara dos Deputados. A declaração, feita durante sessão plenária nesta quarta-feira (18), indica possíveis alterações na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que integra o pacote fiscal do governo federal.
A fala de Pacheco surgiu em resposta ao questionamento do senador Izalci Lucas sobre eventuais acordos entre as casas legislativas. “Obviamente que nós não temos nenhum compromisso de manutenção do texto da Câmara, absolutamente”, enfatizou o presidente do Senado, deixando clara a autonomia da casa para análise e modificações no projeto.
O cenário já demonstrava complexidade na própria Câmara, onde a votação precisou ser adiada para quinta-feira (19) devido à falta de consenso entre os parlamentares. A resistência ao texto se manifesta em ambas as casas legislativas, com diversos pontos de divergência ainda em discussão.
Caso o Senado decida alterar o texto após sua aprovação na Câmara, o projeto precisará retornar para nova análise dos deputados, o que pode estender o processo de tramitação e comprometer o calendário legislativo. A situação aumenta a pressão sobre o governo, que busca aprovar medidas para equilibrar as contas públicas ainda este ano.
A postura do Senado representa um novo capítulo nas negociações do pacote fiscal, evidenciando os desafios do governo para construir consensos no Congresso Nacional. O desfecho desta disputa legislativa terá impacto direto nas estratégias econômicas planejadas para 2024.