O ex-presidente Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), enfrentam novas exigências do Supremo Tribunal Federal (STF). Sob a determinação do ministro Alexandre de Moraes, ambos devem explicar sua presença simultânea na convenção partidária que lançou a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição como prefeito de São Paulo. A decisão surge no contexto da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma possível conspiração para golpe de Estado em 2022.
De acordo com a ordem de Moraes, Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de se comunicarem entre si. A suspeita recai sobre uma possível violação dessa proibição durante o evento, levando o ministro a pedir esclarecimentos imediatos. A decisão foi emitida no dia 8 de agosto, com um prazo de 48 horas para que os envolvidos apresentem suas versões dos fatos.
Segundo a Agência Brasil, a Operação Tempus Veritatis, iniciada em fevereiro de 2024, visa investigar a existência de uma suposta organização criminosa dentro do governo Bolsonaro, destinada a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito presidente em 2022. O caso, que tramita em sigilo, tem gerado intensas discussões políticas e jurídicas.
Em sua defesa, Bolsonaro e Valdemar solicitaram a revogação da proibição de comunicação, argumentando a necessidade de coordenar estratégias para as eleições municipais de outubro. Bolsonaro, em particular, destacou seu papel como “principal cabo eleitoral” do PL. No entanto, o ministro Moraes rejeitou o pedido, mantendo as restrições em vigor.
Enquanto a operação continua, os desdobramentos deste caso podem impactar não apenas as carreiras políticas de Bolsonaro e Valdemar, mas também o cenário eleitoral e político do país. A expectativa agora recai sobre as explicações que ambos devem fornecer e o possível impacto dessas revelações no curso das investigações.