O cardiologista Roberto Kalil, médico pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manifestou forte repúdio às teorias conspiratórias que circulam nas redes sociais sobre o recente acidente do presidente no Palácio da Alvorada. O incidente, que resultou em um traumatismo craniano, tem sido alvo de especulações infundadas nas últimas semanas.
Com mais de três décadas de experiência médica, Kalil defendeu a transparência do atendimento prestado ao presidente. “É inadmissível que profissionais conceituados e uma instituição respeitada como o Hospital Sírio-Libanês sejam envolvidos em suspeitas de falsificação”, declarou o médico em entrevista ao jornal O Globo.
O episódio ocorreu no sábado, 19, quando Lula sofreu uma queda de um banco enquanto cortava as unhas. O impacto na região da nuca exigiu atendimento médico imediato, levando o presidente a ser encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília.
As especulações ganharam força nas redes sociais após o presidente participar remotamente da Cúpula do Brics. Teorias sem fundamento sugerem que o acidente seria uma desculpa para evitar o encontro presencial com líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping.
A polêmica escalou quando o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) protocolou pedidos de investigação junto à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal. O parlamentar alega existirem “informações divergentes” sobre o ocorrido, questionando a veracidade dos relatos oficiais.
A equipe médica mantém o diagnóstico inicial e reforça que todas as informações divulgadas sobre o estado de saúde do presidente seguem os protocolos médicos estabelecidos. O Hospital Sírio-Libanês e a equipe presidencial continuam monitorando a recuperação do presidente, que segue despachando normalmente do Palácio da Alvorada.