O Banco Central do Brasil confirmou nesta quinta-feira (5) o vazamento de dados pessoais e financeiros de 1.500 participantes de uma pesquisa sobre hábitos de pagamento. O incidente ocorreu em 29 de novembro durante a divulgação da segunda edição do estudo “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”.
Entre as informações expostas estavam nome, endereço, telefone, dados demográficos e comportamentos financeiros dos entrevistados. O erro foi detectado e corrigido no mesmo dia pelo próprio BC, que retirou imediatamente o arquivo com as informações sensíveis do ar.
A autarquia enfatizou que não houve exposição de senhas, movimentações financeiras ou saldos bancários. No entanto, o volume de dados pessoais vazados pode facilitar a ação de golpistas, que podem usar as informações para criar abordagens mais convincentes às vítimas.
Como medida de segurança, o Banco Central enviará cartas aos afetados, alertando sobre o incidente. A instituição recomenda atenção redobrada a ligações telefônicas que mencionem dados fornecidos durante a pesquisa, pois podem ser tentativas de golpe.
O levantamento, realizado entre outubro e novembro de 2023, é conduzido a cada quatro anos para orientar políticas públicas sobre meios de pagamento no Brasil. O BC informou que seguiu todos os protocolos exigidos pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais após identificar o problema.
A exposição incluiu informações sobre o perfil socioeconômico dos participantes, seus hábitos de uso do Pix, preferências por meios de pagamento e comportamentos relacionados ao controle financeiro. Especialistas em segurança digital alertam que estes dados podem ser valiosos para criminosos planejarem golpes direcionados.
O Banco Central mantém uma página específica em seu site para registro de incidentes de segurança, reforçando seu compromisso com a transparência. A instituição garante que o erro foi pontual e que medidas adicionais de segurança foram implementadas para evitar novos vazamentos.