O general da reserva e ex-ministro Walter Braga Netto negou publicamente neste sábado (23) seu envolvimento em supostas tentativas de golpe de Estado e planos para assassinar autoridades. A manifestação ocorre após seu indiciamento pela Polícia Federal, junto com outras 35 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por meio de publicação na rede social X, o militar refutou categoricamente as acusações de participação em conspirações contra a democracia. “Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”, declarou Braga Netto, que ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo anterior.
A investigação da Polícia Federal aponta que o general teria participado de uma reunião em sua residência, em 12 de novembro de 2022, onde foram discutidos planos envolvendo militares das Forças Especiais do Exército. Segundo as apurações, o grupo planejava ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e autoridades do judiciário.
Por meio de nota divulgada por seus advogados, Braga Netto destacou sua trajetória militar, incluindo sua atuação como comandante militar do Leste e chefe do Estado-Maior do Exército. O comunicado também enfatiza sua lealdade ao ex-presidente Bolsonaro, mantida “até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis”.
De acordo com o inquérito da Operação Contragolpe, o general exerceria papel central em uma eventual ruptura institucional, assumindo a coordenação de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”. A defesa do militar também contestou especulações sobre um possível “golpe dentro do golpe”, classificando tais hipóteses como “fantasiosas e absurdas”.
(Com informações do Estadão)