O Exército Brasileiro iniciou nesta semana um grande exercício militar em Rondônia, mobilizando mais de 800 militares e dezenas de veículos blindados na região de Porto Velho. A operação, que deve se estender até o final de março, busca aprimorar a capacidade de defesa territorial na região amazônica.
A movimentação militar integra a Operação Potiguara III, executada pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva, e representa o maior exercício militar realizado na região Norte em 2024. Os militares estão concentrados principalmente no 5º Batalhão de Engenharia de Construção, em Porto Velho.
Durante as manobras, as tropas realizam simulações de combate em ambiente de selva, incluindo travessia de rios, deslocamentos noturnos e operações com blindados em terreno adverso. O exercício também testa a capacidade logística das forças armadas em transportar e manter equipamentos pesados em áreas de difícil acesso.
Entre os equipamentos utilizados estão veículos blindados Guarani, que pesam 18 toneladas e representam a mais moderna tecnologia brasileira em transporte de tropas. Além disso, diversos caminhões militares e equipamentos de comunicação foram deslocados para a região.
O comandante da operação destaca que o treinamento é fundamental para manter as tropas preparadas para defender a soberania nacional, especialmente em uma região estratégica como a Amazônia. A escolha de Rondônia como sede do exercício deve-se à sua localização fronteiriça e às características geográficas que desafiam a logística militar.
A população local foi previamente informada sobre a movimentação extraordinária de tropas e veículos militares, evitando alarmes desnecessários. O exercício também serve como demonstração de força e presença do Estado brasileiro em uma região considerada sensível para a segurança nacional.
Os militares devem permanecer na região realizando diferentes tipos de treinamento, incluindo operações noturnas e diurnas, até o final do mês. A Operação Potiguara III integra o calendário anual de adestramentos do Exército Brasileiro e contribui para a manutenção do alto nível de preparo das tropas que atuam na proteção das fronteiras amazônicas.