Por Walter Biancardini (*)
Para quem não conhece, esta é uma das experiências mais assustadoras na história da ciência. Através do comportamento de uma colônia de ratos, alguns cientistas tentaram explicar as sociedades humanas e seus comportamentos atípicos. A ideia do “Universo 25” veio do cientista americano John Calhoun, que realizou experiências em ratos, na Noruega, entre 1958 e 1962.
Calhoun criou um “mundo ideal” no qual centenas de ratos viveriam e se reproduziriam.
Mais especificamente, Calhoun construiu o chamado “Paraíso dos Ratos”, um espaço especialmente projetado onde os roedores tinham abundância de comida e água, bem como um grande espaço habitável. No início, ele colocou quatro casais de ratos que em pouco tempo começaram a reproduzir-se, o que fez com que a população crescesse rapidamente. No entanto, após 315 dias, a reprodução começou a diminuir significativamente.
Quando o número de roedores atingiu a casa de 600 “indivíduos”, formou-se uma hierarquia entre eles e então apareceram os chamados “miseráveis”. Os maiores roedores começaram a atacar o grupo, resultando em muitos machos passarem a sofrer colapsos psicológicos. Como resultado, as fêmeas se protegiam e, por sua vez, tornaram-se agressivas com as crias.
Com o passar do tempo, as fêmeas mostraram comportamentos cada vez mais agressivos, elementos de isolamento e falta de humor reprodutivo. Houve uma baixa taxa de natalidade e, ao mesmo tempo, um aumento da mortalidade em roedores mais jovens. Então, surgiu um novo tipo de roedores machos, os chamados “ratos bonitos”. Eles se recusaram a acasalar com as fêmeas ou “lutar” pelo seu espaço. Tudo o que importava era comer, dormir e, não, eles não se trancavam no quarto com um celular.
Em um momento, “machos bonitos” e “fêmeas isoladas” constituíam a maioria da população. Com o passar do tempo, a mortalidade juvenil atingiu 100% e a reprodução chegou a zero. Entre os ratos ameaçados de extinção, observou-se homossexualidade e, ao mesmo tempo, o canibalismo aumentou, apesar de haver abundância de comida. Dois anos após o início da experiência, nasceu o último bebê da colônia.
Em 1973, morreu o último rato do Universo 25. John Calhoun repetiu a mesma experiência 25 vezes mais, e cada vez o resultado foi o mesmo. O trabalho científico de Calhoun tem sido usado como modelo para interpretar o colapso social, e sua pesquisa serve como ponto focal para o estudo da sociologia urbana.
O relato acima foi postado por uma página chamada Contato Imediato e, como o citado texto conclui, é notório seu uso para o estudo da sociologia urbana, em especial das grandes capitais e, mais especificamente, as grandes e populosas metrópoles brasileiras, as quais – não bastassem os efeitos comprovados e degradantes da superpopulação – ainda possuem como agravante o deliberado e regiamente financiado descaso com a segurança pública.
Tal trabalho é verdadeira faca de dois gumes: tanto pode ser usado por mulheres letais em defesa do aborto quanto servir de embasamento para políticas transnacionais de engenharia social muito mais profundas, como a Covid 19 e o genocídio planejado. Mas o fato é que aglomerações degradam a mente, o discernimento e o convívio, mesmo de animais supostamente racionais, como o ser humano.
Se é urgente a expulsão do crime organizado do estamento burocrático brasileiro, igualmente é necessário repensar não apenas uma total reformulação urbanística como, também, a pulverização de centros geradores de empregos.
Infelizmente para o Brasil – um país que sequer consegue planejar uma onda verde de semáforos – tais proposições soam apenas como um distante sonho.
Ou pesadelo, a caírem em mãos erradas.