Por Walter Biancardine (*)
Durante as últimas duas décadas tenho feito um jornalismo completamente engajado nas causas conservadoras, valores e princípios que acredito e que, mesmo tendo me custado tão caro e provocado interrupções ocasionais, sempre levei adiante.
Agora, entretanto, é hora de parar. Não pense o leitor que encontrei ocupações melhores ou tive ofertas mais lucrativas – pelo contrário, a pecha de “conservador” no meio midiático (e mesmo em círculos pessoais e familiares) isolou-me completamente, fechando quase todas as portas e colocando as publicações para as quais escrevo – esta inclusive – como “temerárias”. E isso, por óbvio, se refletiu em minha vida pessoal, familiar, profissional e financeira.
Seria uma dramaticidade teatral e apelativa enumerar as dificuldades absurdas que enfrentei e ainda atravesso, mesmo no presente momento; pelo cansaço acumulado – exaustão é a palavra correta – de tantas privações, barreiras e dificuldades é que me reconheço, agora, sem condições de prosseguir no jogo.
E nisto se resume todas as explicações e satisfações que posso dar aos meus leitores – aquele grupo de inconformados que aprendeu a lidar com meus altos e baixos, navegando de ensaios filosóficos a artigos opinativos contundentes, sempre tendo a boa fé de enxergar, ao menos, uma boa intenção e inconformismo de minha parte. A estes, só posso agradecer.
Não me perguntem o que farei, qual será meu futuro ou quais são meus planos.
Tivesse eu alguma destas respostas, e não estaria me rendendo.
Muito obrigado a todos, e que Deus se apiede do Brasil e do povo brasileiro.
























